As notas do piano vão ganhando presença conforme o efeito fade in as vai incutindo força. Swingada e com menções à estética do blues, a melodia introdutória é de um dulçor um tanto desesperado e desajeitado, enquanto vai assumindo um caráter ligeiramente dramático.
Completa a partir do momento em que uma voz masculina, mas curiosamente delicada em seu tom agridoce levemente nasal vinda de Michael Zuzek, a canção passa a ter rompantes pontuais de harmonia assim que o enredo lírico é apoiado por sobreposições vocais. O interessante é que, conforme o enredo verbal vai se desenvolvendo, o ouvinte acaba conseguindo ouvir os rugidos encorpados do baixo, dando consistência e precisão à base melódica.
Com direito a sonares tilintantes sendo pincelados no decorrer da desenvoltura da sonoridade, Graystone vai destacando sua linearidade estética até que, com o apoio do teclado, a experiência que oferta ao ouvinte sofre uma ligeira mudança. Se tornando, a partir daí, entorpecente e hipnoticamente gélida, a canção funciona como uma viagem no tempo por encapsular a essência da sonoridade das décadas de 60 e 70. Não à toa que o ouvinte consegue notar as despropositais menções estéticas a bandas de nomes como The Smiths e The Cure.
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