Ela é regida por uma introdução contagiante, fresca, melódica e com toques graciosamente tropicais. Curiosamente promovendo a criação de um cenário imagético fantasioso e fantástico por meio de seus sonares sintéticos adocicados, a canção, ainda que também seja capaz de transpirar toques de sensualidade em seu amanhecer, logo flui para um primeiro verso baseado na estética rítmica do rap.
Por entre chimbais sincopados a ponto de comunicar, também no escopo rítmico, a mistura do trap, a canção apresenta um vocal agradavelmente grave. Trazendo um lirismo calcado no idioma francês, o que acaba dando à obra certo charme peculiar, CLG vai preenchendo as linhas líricas com uma cadência capaz de romper a rigidez típica do rap por meio de uma maciez que entrega noções de fluidez em sua interpretação lírica.
Com o auxílio de sobreposições vocais assumindo o posto de backing vocals sobre o efeito do autotune, o rapper vai dando à HIGH uma agradável e singela noção de harmonia em meio ao seu refrão. É nele que, inclusive, CLG, por meio da movimentação com que exorta seu canto, deixa a canção mais acessível aos diversos públicos por promover uma estrutura mais contagiante e radiofônica, mas sem perder sua essência urbana.
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