A maneira como o violão puxa a introdução dá ao ambiente uma mistura de sensações interessante. Enquanto o swing é um fator facilmente identificável, existe, em suas entrelinhas, um senso melancólico marcante capaz de desmontar aquela embrionária impressão de felicidade e sorriso que dela chega a ser transpirada.
Assim que um silêncio súbito emudece a melodia até então estruturada, uma conjuntura rítmico-melódica folkeada e swingada acaba sendo oferecida ao espectador. Consistente em sua essência amaciada, o primeiro verso traz uma sincronia precisa entre violão e bateria, enquanto destaca um groove encorpado que representa aquele senso de melancolia observado no decorrer da introdução.
Com o auxílio de uma voz feminina de timbre gélido e adocicado, mas de essência curiosamente esotérica, a canção acaba sendo embebida por uma atmosfera entorpecente latente que tira, com facilidade, o ouvinte do controle de suas faculdades lúcidas. Capaz de dar ao ouvinte a possibilidade de notar um sonar agudo e ácido proveniente da sanfona sobrevoando a base sonora em momentos pontuais do enredo, a música acaba garantindo para si lapsos harmônicos amorfinantes.
A partir daí, Icarus acaba se configurando como uma obra folk-céltica contagiante e marcante que mostra toda a musicalidade do Powers Of The Monk com evidente charme. Um charme muito bem defendido por uma interpretação lírica sussurrante que ainda confere à canção um caráter atmosférico interessante.
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