Sem demora, ela já começa suave em sua valsa lacrimal e adocicadamente dramática. Com generosidade, gentileza e uma agradável delicadeza, violão e violino se combinam em uma espécie de frescor melancólico, mas não sofredor. Afinal, dentro desse frescor contagiante e reconfortante como o veludo, é possível identificar grandes doses de romantismo transpiradas pela sonoridade extraída das cordas de tais instrumentos.
Tal como ver a luz do Sol dando o ar da graça atrás das colinas, a canção oferta ao ouvinte não apenas uma ambiência, mas também um aroma perfumadamente bucólico que, em união ao timbre grave de James Spencer, transborda em um adorável folk. Junto ao backing vocal feminino de Abbe Martin, If se torna palpavelmente doce, serena e macia como a primeira troca de olhares, o primeiro beijo. O primeiro eu te amo.
Não é de se espantar que, conforme a canção vai se desenvolvendo de maneira tocante, o ouvinte não se sinta fisgado pelo incentivo às memórias daquele relacionamento repleto de desconhecimento, surpresas, ingenuidade e imaturidade. É em If que as descobertas ofertam o gosto açucarado do prazer em perceber o amor. O momento em que o coração bate mais rápido na presença do outro. O instante em que os sonhos pedem, inconscientemente, a companhia de um alguém específico.
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