O Aydra é uma banda italiana de thrash/death metal fundada em 1985 como Hydra. Sua primeira alcunha durou até 1993, ano em que aderiu o atual nome e lançou seu primeiro trabalho em formato de demo. Apesar de um pequeno hiato, o quinteto de Ancona tem uma carreira sólida, com três álbuns lançados, EP, singles, um disco ao vivo e compilações em sua discografia.
Nesses quase quarenta anos de estrada, um dos lançamentos que ajudou a dar início a essa trajetória foi o EP “Psycho Pain Control”, que saiu em 1996. Com seis composições, ele revelou a capacidade da banda em unir técnica, feeling e agressividade em um período que a música extrema underground ganhava um pouco mais de espaço.
Com previsão de lançamento para o dia 10 de outubro próximo, o novo álbum do Aydra, que tem o título de “Leave To Nowhere”, terá como uma obra ilustre a regravação da faixa título “Psycho Pain Control”, que agora chega com a alcunha de “Psycho Pain Control 2024”.
Trata-se de uma música objetiva, que abria o homônimo trabalho, provando que a banda conseguia explorar tudo em menos de três minutos, sem abrir mão da mencionada técnica, do feeling e do peso que sempre permeou a sonoridade deles.
Saindo em formato de lyric video, outra novidade foi dispor o tema da canção, que fala sobre conflitos e medos internos com uma abordagem agressiva, típica da música extrema daqueles tempos e que, sinceramente, não mudou muito com o passar dos anos.
“Pyscho Pain Contro 1994” tem um fator preponderante, além de preservar a essência original da canção. Os italianos optaram por manter uma produção orgânica, preservando o contexto visceral da faixa e isso fez muito bem, porque a colocou em uma fórmula atemporal e não matou sua identidade com modernidades exacerbadas.
Com seu início sem cerimônias, nota-se a veia punk da música. Mas, claro, o thrash e o death metal é que comandam e se entrelaçam em riffs memoráveis de guitarra, além da cozinha consistente e coesa. Mesmo em um tempo tão curto, a faixa consegue ter quebradas bruscas e viradas insanas, variando no ritmo, o que a torna ainda mais forte.
Á frente, eles inserem vocais guturais quase que monocórdios, onde influências do Sepultura e Fear Factory são latentes, mas não mera cópia. Fato é que estamos diante de uma música agressiva, brutal e que dispõe de uma banda talentosíssima. Que venha o disco!
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