Apesar de ser agraciada por uma maciez entorpecente e fresca, a introdução acaba trazendo ao ouvinte, também, certos toques de uma melancolia ainda enigmática. Com seu blues acústico e folkeado, o amanhecer da canção já é preenchido por uma significativa harmonia formada pela união do dulçor ácido do hammond com a guitarra aveludada.
Dando destaque ao baixo de groove bojudo presente na base melódica, o qual surge entre rompantes cuidadosamente posicionados, a canção tem a camada lírica rapidamente evidenciada por uma voz nasal, aguda e com leves toques graves. Eis Simon Maggs promovendo, ao ouvinte, um enredo penetrante e em um tom de história que cativa e prende a atenção com grande facilidade.
Nesse ínterim, é interessante perceber como, a partir de apenas um instrumento, Josef K assume silhuetas inquestionável e incontestavelmente melancólica. E isso se deve à forma como o órgão hammond se comporta entorno da melodia. Sua maciez vem imbuída em uma espécie de torpor entristecido que, entre solavancos, desperta um curioso senso depreciativo difícil de ser quebrado.
Ainda assim, a maciez estrutural e o aroma bucólico provido pela base estrutural mista de folk e southern rock ao estilo Creedence Clearwater Revival consegue criar uma fuga dessa embriaguez cabisbaixa latente. É assim que Josef K acaba se apresentando ao público: com uma essência campestre lancinantemente cabisbaixa.
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