Quando se ouve uma banda tão competente como o Detention, a única sensação que podemos ter é a de querer sair pogando por todos lados com sua música cheia de energia e eletricidade.
Essa banda americana formada por Elliott Carter (vocal), Fritz Dannemiller (baixo), Loke Konopka (bateria) e Evans Cox (guitarra), apesar de muito jovem, carrega em sua bagagem a competência e originalidade típicos dos já grandes e consagrados veteranos.
Seu single, No To Go é feito com todo o vigor da juventude notada em cada uma das notas empregadas em sua composição, mas com cara de algo tradicional e que nos traz para perto da banda como se fosse uma velha conhecida.
Não se trata somente de uma música direta, com pancada, mas que tem ondas variadas nas linhas mais consuetudinárias do punk e elementos de ska e, até mesmo, uma pitada acessível de pop em alguns momentos.
A guitarra é muito bem executada, cortante, cheia de feeling e melodia associados ao peso exigido pela composição dando um lindo contraste entre peso e suavidade em ótima medida.
O baixo tem um brilho todo especial por ser tocado de forma fenomenal e fugindo do grave tradicional apostando em um som médio-agudo que marca ainda mais sua presença em todo o decorrer de Not To Go.
A consistência da bateria é outro fator de enorme importância ao som do Detention, pois é o elemento fundamental para dar a consistência que a banda tem e fazer com que Not To Go seja uma música pesada, precisa e cheia de balanço.
No quesito vocal, as linhas transitam entre melodias intensas, cheias de vida e momentos mais calmos e melódicos formando um paralelo muito bem criado por uma garganta privilegiada.
Not To Go é um single para quem realmente sabe o que quer quando se fala em diversão.
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