Há onze anos, Kim Logan & the Silhouettes estreava o primeiro álbum “Kim Logan” (2013) nas plataformas digitais. Através desse feito, o público mundial passou a contemplar o estilo da escocesa que transita pelo pop, rock clássico e folk rock. Dois anos depois, liberou uma canção ao vivo, construída a partir do blues chamada “Peaches & Cream”. O passo seguinte foi lançar um EP que ficou conhecido como “Kim Logan on Audiotree Live” (2016), cuja parceria rendeu quatro músicas. Incansável, a cantora reaparece no mesmo ano com a canção “Better Way”. A maior consagração veio com o álbum “Shadow Work” (2023), distribuído pelo selo Swamp Thing Records.
Dessa vez, com estilo bem mais pesado, embora clássico, Kim Logan & the Silhouettes entregam o trabalho atual que se chama “Evil”. A música, gravada na França, foi mixada e masterizada por Rex Roulette (Rival Sons, Bob Vylan, Eagles of Death Metal, Kaleo, Dead Sara) em Londres, Inglaterra. Com isso, a seriedade, performance e dedicação da banda arremessaram a qualidade em um lugar privilegiado na cena independente. Desde o surgimento, Kim mostra o seu potencial de forma natural que, aos nossos ouvidos, soa como algo incrível. O alcance de sua voz, além da emoção que ela repassa é completamente fora da curva.
Sempre acompanhada por um time de músicos sensacionais, suas composições tomam forma e brilho com perfil de vanguarda. Com timbragens afinadíssimas, acordes inteligentes e solos excepcionais, o repertório da cantora será considerado por muitos como perfeito. Mais do que nunca, “Evil” é uma prova disso, pois a sua estrutura influenciada por nomes como Led Zeppelin, Bad Company e outros é digna de respeito. A começar pela produção, nota-se um clima moderno em cima do estilo que resgata a atmosfera setentista pela voz, riffs de guitarra e complexidade da cozinha. Ficou curioso?
Veja os pontos: “Evil” começa com um dedilhado introspectivo dando base à igualmente introspectiva voz de Kim. Por conseguinte, a vocalista se torna mais extravagante à entrada da bateria, impondo poder e domínio nas entonações. Junto a esse segundo andamento, a guitarra entra com o seu riff ampliando a característica rústica do som. Com isso surge o peso que, em dado momento, dá lugar a momentos mais melódicos. Basicamente nesse conjunto de climas a música se desenvolve, até chegar a vez do solo que é tão pesado em seu timbre quanto a própria dinâmica da música. Se ficou mais curioso, recomendo ouvi-la.
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