King Me | King Khy lança álbum que consiste em uma coleção de músicas cuja produção começou há dois anos

Ela já começa promovendo ao ouvinte uma junção vasta de texturas. Entre o crocante, o hipnótico e o torpor, a canção logo convida o ouvinte para mergulhar no espectro da cultura hip hop, mais especificamente na música rap, com o auxílio de beats bem marcados e uma cadência lírica acelerada. Algumas coisas importantes merecem ser salientadas em relação a abre-alas de King Me. A primeira delas é que Tha King não é regida por subgraves, o que lhe confere certo grau de ousadia e originalidade. A segunda é da nova forma de introduzir um enredo de base ligeiramente calcado na ostentação, mas com um viés curiosamente consciente e maduro.

Não existe uma introdução da forma como se espera. O que, na verdade, King Khy oferece ao ouvinte já é um despertar baseado em um lirismo já maturado em sua cadência acelerada e rimada. E diferente da canção anterior, a presente composição, assim que atinge seu primeiro verso, se apoia no uso dos subgraves como uma forma de aderir mais precisão e pressão à sua movimentação rítmica. Porém, Let Em Cook Up também traz algo que desperta a atenção do ouvinte, que é a sequencialidade lírica construída pelo rapper de forma a não haver respiro por longos períodos de tempo. Cinematicamente, é como uma gravação em plano sequência.

Apoiado agora no apoio do autotune como forma de garantir novas texturas à sua voz durante a inserção do novo enredo lírico, o rapper insere o ouvinte em um ambiente curiosamente dramático em certa medida. De beat contagiante e macio, com grande presença do chimbau na marcação do tempo rítmico, Feel Like A Star é a primeira obra de King Me em que o cantor se apresenta sob uma cadência lírica mais amaciada, lhe transformando, consequentemente, em uma espécie de balada de estreia. No meio de tudo isso, está uma sonoridade ondulante, opaca e marcante capaz de entorpecer o ouvinte cm bastante sabedoria.

O beat ouvido ao fundo traz consigo uma despropositada identidade trip hop ao ponto de fornecer uma breve similaridade estética com Clint Eastwood, single do Gorillaz. Rapidamente, porém, retomando sua cadência lírica densamente acelerada estacionada durante Let Em Cook Up, Khy reforça a base rap da canção com precisão, ainda que o beat siga uma levada curiosamente mais lenta. É assim que Now The Place Smells Exotic oferece ao ouvinte um bom contraponto estético entre ritmo e movimento vocal.

É verdade que King Me é um material construído por uma totalidade de 13 títulos. Porém, seus primeiros quatro capítulos já fornecem ao ouvinte toda a sua essência ousada e original. Afinal, como um álbum que representa a música rap, ele chama a atenção por nem sempre se apoiar em subgraves ou em autotunes. No mais, o produto mostra que King Khy tem bom fôlego, uma vez que em vários momentos ele pronuncia os versos rapidamente e sem pausa, mas sem prejudicar a entonação daquilo que está sendo proferido.

Mais informações:

Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/6mk913eKZF3hqGkEEtubHN

Instagram: https://www.instagram.com/thenmebeats?igsh=MWdiaGpjOHRzOWNqaw%3D%3D&utm_source=qr

Site Oficial: https://www.beatstars.com/thenmebeats

YouTube: https://youtube.com/@kingkhy100?si=k8SUfqYdKv0WRf6T

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