Ainda que seja introduzida ao ouvinte através de uma risada, a canção é tomada por certo quê de cinismo em meio a uma atmosfera de energia sombria pegajosa e interessantemente contagiante. Por meio de sonares sintéticos opacos e pipocantes, a sonoridade em si da canção toma forma. Intimista e minimalista em sua essência inicial, ela é rapidamente acompanhada por um beat sincopado e de punchs bem marcados.
Agraciada pelo timbre grave de Ekelle, o qual cria um feliz contraponto entre o torpor estético densamente difundido pela atmosfera da obra até o momento, a canção acaba simultaneamente experienciando lapsos de crueza e uma boa lapidação no que tange a linha vocal. Estruturalmente sensual e liricamente repleta de rimas, iniciativa adotada na querência de atingir e penetrar mais facilmente no inconsciente do espectador, a obra ainda se deleita, com equilíbrio, na presença de subgraves criando mais precisão e força à sua camada rítmica.
Com tal paisagem, Kiss The Ring traz Ekelle endereçando tal conteúdo a todos aqueles que se apressam, se moem e demandam pelo respeito de que merecem. Ainda, a obra aborda os altos e baixos vivenciados durante a busca pelo sucesso. Uma canção rap contagiante que apresenta enredos e ambiências profundamente penetrantes e inquietantes.
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