Ela já começa com fortes vieses popeados. Um sonar estéril e sintético vai sobrevoando o ambiente, enquanto desenha um cenário contagiante e, a partir dos beats que chegam logo em seguida, dançante. Macia e, de certo modo, até mesmo perfumada, a canção ganha curiosos ares esotéricos com a entrada do timbre quase esvoaçante de Sarantos.
Aveludada através da contribuição do sonar do fender rhodes que abraça aconchegantemente toda a base melódica, a canção tem rompantes de uma acidez adocicada e sintética que ajudam o ouvinte a se posicionar perante um ambiente que flerta, inclusive, com a estética do psy.
De energia densamente entorpecente em sua forma de soar contagiante às massas, Let’s Summer traz uma harmonia que é presente e facilmente percebida por entre seus sonares digitais. Porém, o que chama a atenção na canção é seu viés lírico. Parecendo ser apenas mais uma canção no intuito de se tornar um hit de verão por aparentemente servir como um enaltecimento dessa estação, a música traz um viés muito mais profundo.
Palas mãos e, especialmente, sensibilidade de Sarantos, Let’s Summer é narrada sob o ponto de vista de um ser onipresente que domina o corpo jovem do indivíduo como algo inicialmente imperceptível, mas que rapidamente se torna algo integrante do organismo. Trazendo sua identificação aos poucos e por meio de algumas pistas, o ouvinte logo identifica sua real persona.
É o câncer narrando seu processo dominador do corpo de um sofrente. Por esse viés inovador e ousado, Sarantos usa Let’s Summer como uma estratégia para apoiar o Team Summer, uma organização caridosa que empodera crianças com a doença a ajudar umas às outras a partir da promoção de mútuos suporte e entendimento da situação.
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