Making Waves | Sam Edelston lança seu álbum de estreia

Um som ondulante se firma construindo a introdução. Sua movimentação sugere uma melodia macia, mas ao mesmo tempo embebida em uma cadência cuidadosamente acelerada que incita energia e frescor sob uma receita equilibrada. O interessante, porém, é notar que, para muitos ouvintes, tal sonoridade se mostra proveniente de um instrumento popular na indústria musical: a guitarra. Porém, a verdade é que cada esquina sonora é construída através do dulcimer. Dominado por Sam Edelston, o instrumento, durante Looking At The Waves, causa uma atmosfera bucólica bastante agradável. Afinal, por meio do senso de frescor produzido de maneira cuidadosa, ele consegue transportar o espectador para uma cenografia pertencente ao território de Nova Orleans ou mesmo de Louisiana graças à essência folk gradativamente construída. Sob o auxílio de uma voz masculina de timbre adocicado e, inclusive, perfumado vindo de Edelston, a faixa assume contornos festivos dificilmente de serem resistidos. 

Delicada na sua forma léxica mais profunda, a melodia inicial faz com que o espectador, ao fechar os olhos, se veja no campo. Em uma cabana no meio do mato perfumada pelo aroma de café recém-preparado na cozinha.  Ao mesmo tempo, a fragilidade da sonoridade desenhada pelo dulcimer traz consigo a capacidade de oferecer ao ouvinte a possibilidade da experiência da textura do veludo aconchegando a pele nua dos braços de maneira a proteger do frio da manhã proveniente do crepúsculo que enxuga calmamente os resquícios do sereno na vegetação. O interessante, nesse ínterim, é perceber que a forma com que Wild Horses é construída faz com que lágrimas escorram livremente pelo seio da face do espectador ao mesmo tempo em que os pelos do corpo se eriçam como resposta aos arrepios obtidos por uma sonoridade que funciona como uma porta para memórias agradavelmente saudosas. Definitivamente, não existe palavra melhor para definir Wild Horses se não delicadeza. A faixa, uma delicada releitura do clássico do The Rolling Stones, é a mais pura prova da sensibilidade inquestionável de Edelston. Não à toa que a nova arquitetura da faixa mantém um viés curiosamente romântico, defendendo a ideia de um amor inquebrantável de caráter até mesmo eterno.

É interessante perceber que, em meio à atmosfera bucólica contagiante e solar desenhada na introdução imediata da canção, o espectador já consegue identificar curiosos traços românticos que preenchem a atmosfera. Ao lado da bateria, elemento que entra em cena favorecendo a construção de um bem-vindo compasso rítmico que, apesar de promover consistência, não interfere na sutileza atmosférica já marcante. Junto a ela, o baixo preenche a base melódica com um corpo cuidadoso que permite à obra ter mais força e embasamento em sua esfera sonora. É assim que She’s Always A Woman conquista o coração da audiência.

O mais interessante de Making Waves é a intenção de Sam Edelston em não apenas evidenciar a sonoridade do dulcimer, mas em enfatizar a sua respectiva versatilidade. Feliz em sua ideia, o músico conseguiu mostrar e educar os ouvidos do espectador para com a sonoridade desse instrumento desconhecido pelas massas.

Ainda que pareça uma guitarra ou mesmo um violão ou um banjo, o dulcimer tem uma essência delicada e bucólica muito bem explorada nas canções do álbum. Entre obras líricas e outras instrumentais, o elemento tem suas essências melhor destacadas nas três primeiras canções. Afinal, nelas Edelston conseguiu enfatizar a delicadeza e o aroma do instrumento, enquanto conseguiu difundir, também, a sua sensibilidade. Ainda assim, outras composições têm sua importância na construção sensorial do álbum. Sweet Caroline e Please, Please Me são produtos que trazem um charme excêntrico ao material por misturar climas de diversão e uma espécie de introspecção romanceada.

Tendo esses apontamentos em vista, Making Waves se torna uma obra definitiva para aqueles que querem conhecer o dulcimer em sua totalidade ressonante e sua surpreendente versatilidade estética. Sob comando de Edelston, portanto, o álbum oferece ao ouvinte arranjos da mais pura delicadeza que, por meio de minimalismos estéticos, consegue despertar a máxima sensibilidade no espectador que se aventurar por sua audição.

Evidenciando o folk como gênero musical base, Edelston ainda consegue fazer com que o álbum se destaque pelo seu viés majoritariamente acústico, provando que, com poucos elementos, é possível criar harmonias e melodias que toquem a audiência. Portanto, e, em definitivo, Making Waves é um produto estruturalmente audacioso e excêntrico que é agraciado por importantes fatores que o tornam marcante: ele possui melodia, harmonia e ritmo. O tripé que lhe permite ser memorável e profundamente assimilado pelo espectador.

Mais informações:

Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/1s9yG4YegUHx6qxeIU1hT9

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