O swing vem sob uma silhueta amaciada, sensual. Fluida. Uma estética rítmica agradavelmente contagiante em sua essência charmosamente jazz cujo protagonismo está inerente ao compasso desenhado pela bateria. Contudo, é inegável que o groove grave e seco do baixo se torna outro elemento marcante e necessário para a construção de um ecossistema provocante como o que se apresenta.
Assim que o piano dá o ar da graça com um ligeiro deslizar de notas graves, a canção passa a ser preenchida por uma voz feminina de timbre grave que, vinda de Izzy Skinner, traz consigo uma interpretação debochada atraente. Nesse ínterim, é interessante perceber que a bateria passa a flertar com a arquitetura rítmica do samba, dando à canção requintes extras de sensualidade.
Enquanto isso, o ouvinte acaba se sentindo dentro de um bar jazz em pleno auge da noite de uma Nova Orleans da década de 1930. E o curioso é que o teor cômico acaba ganhando força por meio da forma como o violino se apresenta. Disforme, dissonante e um tanto desajeitado, ele é quem, definitivamente, representa sonoramente o enredo lírico explorado por Izzy durante Mala Suerte. Ainda que isso de fato aconteça, a identidade swingada, repicada e amaciada do jazz se mantém firme como a base lúcida de uma história contada como se o próprio narrador estivesse embriagado.
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