Seria curioso o fato de Mason van Kraayenburg vir de Houston, no Texas, e lançar um álbum como “The Heavenly Scrolls: Book of The Bear”? Ah, primeiramente precisamos explicar do que se trata, não é? Afinal de contas, essa relação, proposital ou não (ele não explica essa parte em sua apresentação) fica mais clara.
“The Heavenly Scrolls: Book of The Bear” é o primeiro álbum de uma séria que mapeia sonoramente as 88 constelações modernas. “Book of The Bear” recebe esse nome em referência ao abrigo das constelações Ursa Maior e Ursa Menor, facilmente reconhecíveis por seus asterismos correspondentes, as Ursinhas Grande e Pequena…
E qual relação com Houston? Os mais atentos já notaram isso, afinal de contas, a cidade norte-americana é sede do Centro Espacial Lyndon Johnson da NASA, que é o local onde se encontra o Centro de Controle de Missão Christopher C. Kraft Jr. (MCC-H). Logo, mesmo que sem querer, as coisas se conectam.
Fato é que Mason não relaciona isso, mas traz um trabalho conceitual complexo, porém não impossível de ser compreendido. Essa parte complexa fica mais por conta de se tratar de um tema que requer atenção, porém, musicalmente, ele é mais direto e entrega composições de fácil assimilação, mesmo que sejam instrumentais.
E vamos esclarecer essa parte do ‘mesmo’, já que pode deixar o teor instrumental pejorativo. É porque as 10 composições do disco não se preocupam em revelar técnicas, mas sim um contexto musical relevante e que case perfeitamente com a proposta. É exatamente isso que acontece.
Uma das coisas mais legais que acontecem em “The Heavenly Scrolls: Book of The Bear” é que ele acaba surpreendendo, mesmo após mais de uma audição, porque vai nos revelando detalhes que muitas vezes passam despercebidos conforme o ângulo ou atenção que dedicamos ao disco.
O álbum traz um contexto baseado em post-rock, mas também conta com elementos do rock alternativo, erudito, folk e nunca fecha seu leque, mas mantendo características que geram uma identidade bem particular do disco. Participações especiais incrementam o trabalho, sendo elas de Brother Saturn, Coastlands, Enloom, Justin Klein, Kristin Hoffmann, Often the Thinker, Plural, Raphael Weinroth-Browne, Where the Good Way Lies, Zealand the North.
Não fugindo de clichês, mas sim enfatizando uma importância, é que “The Heavenly Scrolls: Book of The Bear” é um disco que necessita e muito de uma audição completa, pois as músicas se complementam e nos proporcionam uma viagem inesquecível.
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