“It’s Only Now That I Know” é um álbum corajoso. Um reflexo no espelho que encara a realidade nua e crua, um misto de sentimentos mantidos em uma caixinha, por muitos anos, e que neste momento saem de lá como arte e em forma de remédio, para o próprio entendimento de Matt Saxton e para chegar até quem precisa da mesma ajuda. Oito composições honestas e emocionantes, que vamos detalhar e entregar a você.
“Tonight” é uma batida que provoca a sensação de movimento, de estar cheio de energia e não saber como lidar com toda essa força. Não permite que você feche os olhos e questiona como é ruim esperar o corpo baixar toda a adrenalina para conseguir deitar a cabeça no travesseiro. Então, esse exercício tão comum e fácil para alguns é uma dificuldade imensa para outros. Dormir, muitas vezes, só é possível com a ajuda de remédios. Temos aqui uma composição que reflete essa situação de extremos: raiva e conflito interno embalados pela voz de Matt e por uma linda melodia.
“Animal” é uma canção para derrubar algumas lágrimas. Uma voz melancólica e de clara intensidade, parte nosso coração. O piano e a segunda voz, doce e sensível são atributos de uma beleza imensurável. Uma ponderação sobre como alguns sentimentos são aterradores.
“It’s Only Now That I Know” é uma faixa maravilhosa. Além de dar o nome ao álbum, nos apresenta uma produção impecável. Piano, voz, guitarra e bateria são um conjunto resplandecente de uma canção bem desenhada. Uma composição de profunda consciência, onde olhar para o passado já não faz sentido. Fica a resiliência e o “siga em frente”. Simplesmente um hino.
It’s Alright” segura em nossa mão e tranquiliza, vai ficar tudo bem. Piano, voz e bateria formam uma melodia doce, profunda. Uma reflexão sobre gratidão e amor que devemos manter aceso, embrulhados em um Folk belíssimo, que engrandece ainda mais este álbum.
“Back to You” carrega nas guitarras para falar de problemas amorosos. Aqui Matt pesa sua voz e entrega um background sensacional no refrão. Poético e emotivo, o artista faz sua declaração e descobre suas fragilidades em busca do acolhimento da amada.
“Biggin Hill Blues” mareja os olhos. Uma composição que muitos irão se identificar. O abandono ainda é uma realidade triste que muitas crianças enfrentam no mundo inteiro. E isso não é uma situação fácil de levar adiante. Alguns tem uma fase adulta complicadíssima, por conta dessa falta que um pai ou mãe faz na vida, na formação da pessoa. Matt conta sua aflição de esperar por alguém que não chega nunca. Letra comovente, que nos presenteia com uma melodia delicada. Piano, bateria e voz firme do artista demonstram como foi difícil passar por tudo isso, até chegar aqui.
“Doomed from the Start” é mais rápida, dançante, com uma guitarra e voz sintetizada é uma melodia mais a vontade. Uma composição mais leve, que entrega um vocal dedicado em um refrão inteligente. Produção com muitos detalhes e finalizada com capricho, uma faixa para curtimos com menos preocupações.
“Souls” é uma soma das coisas boas, que Matt deixou guardado para o final. Prova de que as dificuldades passam e olhando bem, temos histórias de beleza e superação para contar. Uma melodia mais alegre, mas ainda permanecem a poesia e toda suas emoções.
Matt é um ser humano incrível, precisamos deixar claro. O artista reflete nas canções toda a angústia de um passado difícil, que ele precisou atravessar. Talvez, você leitor, esteja sentindo essa tristeza aí no peito, passando por muitas dores, mas este intérprete tem a pretensão de te comover e ajudar de alguma maneira narrando sua própria história. Lutas, perdas, mas também vitórias e superação. Ele está em pé e fazendo arte. Quem conhece a dificuldade e a aflição que a ansiedade traz, sabe do que estamos falando. Então vamos lá! Aperte o play e ouça este álbum encantador.
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