É curioso. Afinal, enquanto sons rascantes são proferidos por uma guitarra de postura trêmula, o ouvinte é imbuído em um interessante, mas, talvez, ludibriante senso de conforto. Após tal breve introdução, a canção flui para um ambiente delicadamente sombrio em que o baixo, em sua consistência ondulante e linear, se torna uma espécie de protagonista melódico que dá sustentação ao timbre grave do vocalista, que surge sem demora preenchendo o escopo lírico.
Embebida em uma estrutura rítmica consistente e precisa a partir da maneira com que a bateria se apresenta, a canção acaba oferecendo um curioso e irresistível senso hipnótico ofertado pela contribuição do teclado observada em momentos pontuais durante o primeiro verso. Eis, então, que a atmosfera vai se tornando gradativamente mais sombria, conforme o ápice melódico vai se aproximando.
Evidenciando seu caráter entorpecente encrustado sobre suas silhuetas sombrias e até mesmo mórbidas, Mirror Midnight é uma obra que consegue criar uma familiaridade estética tanto em relação às obras creditadas ao The Cure quanto às de autoria de Marilyn Manson. Afinal, ela possui uma estrutura que funde o espectro do rock gótico com toques de uma textura industrial saliente que lhe confere um charme funesto, no mínimo, ímpar, original.
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