Sua introdução é de uma ambiência interessantemente sombria através da forma com que fornece o desenho rítmico do reggaeton. Apesar de digitalizado em seus sons agudos e com uma presença audível distante, ela já consegue oferecer ao espectador noções de que a canção terá o swing e a consequente sensualidade como fatores predominantes em seu enredo rítmico-melódico.
Assim que o primeiro verso se inicia, o ouvinte é recebido por uma voz feminina de timbre agradavelmente grave em suas misturas de veludo e gelidez. Eis $erna introuduzindo na receita sensorial da canção generosas doses de frescor, enquanto a sonoridade acaba desfilando noções de um azedo sintético capaz de romper com o torpor aveludado até então oferecido.
Eis então que o refrão chega e um novo timbre passa a reger as camadas líricas. Mais adocicado e de traços igualmente mais aveludados em seu tom de aparência digitalizada, ele vem de Gretch’N, quem, enfim, deixa claro ao ouvinte que a canção se trata de um dueto de cunho interpretativo sensual que faz com que seja possível sentir o calor do Sol, a brisa do mar, a textura da areia e uma espécie de reexperienciar desde o descompromisso às paqueras de verão. É assim que Moet convida o público a reviver o clima veranil e todas as possibilidades de curtição que ele pode sugerir.
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