Vivemos tempos sombrios na música. O tempo todo somos bombardeados por novos lançamentos que se dissolvem na memória no momento em que desligamos o som. Pouquíssimas bandas sobrevivem à peneira do esquecimento sem se valer de truques midiáticos que empurram músicas de qualidade duvidosa o tempo todo.
O que trazem esperança nesses tempos são músicos que rasgam essas convenções e se refugiam na beleza da arte. Molosser é uma luz no fim do túnel com suas canções verdadeiras, profundas e experimentais, criadas no quintal de sua fazenda, no interior da Suécia.
Esse olhar para as coisas que realmente importam, transpirando autenticidade, transcende a música. É impossível conhecer o trabalho de Tess e Jahn e não colocar no repeat várias vezes. Compartilhei o som com vários colegas da área e a resposta de todos eles foi: que som incrível.
Enquanto preparam um novo disco, o duo revisitou o seu próprio som. E isso é só uma das coisas que fazem o Barebones Sessions ser tão especial. Aqui a dupla não tem medo de afinar e fazer uma ponte para o futuro, além de fazer um convite aos ouvintes para mergulharem no som.
Dado curioso, Jahn estava afinando sua guitarra quando errou do C para o G “duas notas acima da corda mais baixa em um baixo elétrico”. O riff não passou despercebido para Tess que abraçou a experimentação. E esse foi o início da criação de “Dive In”, uma das mais sombrias do disco de lançamento.
Ela entrou para a Barebones Sessions, sem perder sua marca, mas ganhou um brilho novo. A rica complexidade minimalista se manteve, mas dessa vez os vocais de Tess ganharam uma certa suavidade. Se a versão de Appear é um se agarrar ás margens para não se afogar, a do Barebones Sessions é a certeza de emergir após um mergulho profundo.
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