Não existe uma introdução bem definida ou tradicional, nos moldes padrões aos quais o ouvinte está familiarizado. Rapidamente, a canção apresenta um amanhecer que já consiste na construção do refrão. De estrutura melódica crua, ele é regido por uma guitarra distorcida vinda de Max Read e uma bateria suja de Karl Thompson, esse recorte tem uma ambiência curiosamente entorpecente graças à forma como Alutepena Hughes-John usa seu timbre agudo e aveludado.
Daí em diante, a canção flui para aquele que pode ser tido como o primeiro verso. Baseado na contagem rítmica em 4×4, esse período da música, surpreendentemente, tem uma energia mais branda e tranquilizante, até mesmo fresca, graças à inserção do ukulele por parte de Alutepena. Tornando a melodia ligeiramente mais adocicada, o instrumento consegue oferecer ao espectador, além de bons momentos de respiro até que a crueza do punk retorne aos holofotes, a harmonia que engrandece o contexto sonoro.
Pela estrutura rítmico-melódica a qual a música é submetida, ela rememora, até mesmo pela forma como Alutepena interpreta as camadas líricas, ao estilo de canto e melodias das canções creditadas à Rita Lee. Saindo levemente dessa familiaridade estética e olhando de forma mais macro, Money Material Matters é uma faixa que traz a cantora refletindo sobre quais são os preceitos e valores que realmente importam em âmbito social. Não à toa que, em um dos versos mais marcantes, vocalista questiona “is having money and material possessions, all that matters?”.
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