Não há qualquer menção de dúvida ou suspeita. Afinal, o cenário já chega à luz de forma sombria, angustiada e agoniada. Sob uma atmosfera dramática e de um desespero suplicante, a canção logo recebe um lirismo rappeado que se posiciona de maneira intensa, visceral e rascante.
Rememorando a estética disseminada pelo Hollywood Undead, a presente faixa acaba imergindo, também, em uma espécie de rap rock com traços curiosamente industriais. De beat preciso e cadenciado, mas de sonar potente, a canção é capaz de dar ao ouvinte sensos de fluidez que suavizam a densidade e a seriedade líricas. Ainda assim, esse espectro também guarda surpresas ao espectador.
Por meio dele, a faixa apresenta momentos melódicos em que outro vocalista assume o microfone fornecendo um ambiente amaciado, mas, claramente, entorpecente. Com uma forma de sanar a dor ou estancar o sangue de um corte profundo, esses versos melódicos, curiosamente, soam como a sonorização de momentos súbitos de consciência em que o personagem pode, de maneira lúcida, pedir por ajuda. Afinal, Mood Swings (Version 1) é onde o Twitchey47 acaba dialogando não somente sobre o abuso e o vício em drogas, mas também discutindo sobre suicídio, rompendo, assim, o tabu social acerca do tema e o colocando sobre a mesa.
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