Quanto vale a música? Se for o manuscrito de parceria de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) com Chico Buarque, pode valer R$ 30 mil. Esse foi o valor pelo qual o manuscrito do samba “Piano na Mangueira“ foi arrematado, em lance único, em leilão realizado nesta terça-feira, 6 de abril, sob o comando de Alberto Youle.
Última das 13 parcerias dos dois compositores cariocas, o samba “Piano na Mangueira” foi composto em 1991 ( com música de Jobim e letra de Chico) e gravado originalmente por Jobim e Chico em novembro daquele ano para o álbum “No tom da Mangueira”, produzido por Hermínio Bello de Carvalho.
Criado para celebrar a escolha de Jobim como enredo da Mangueira no Carnaval de 1992, esse disco coletivo foi lançado no início daquele ano, mas inicialmente com distribuição restrita a formadores de opinião.
Tanto que a gravação mais conhecida do samba “Piano na Mangueira” foi feita em abril de 1992, em estúdio da cidade do Rio de Janeiro (RJ), para o álbum “Paratodos” (1993), de Chico Buarque. Jobim também se uniu a Chico nesse fonograma, tocando piano e cantando na gravação do disco de Buarque.
O samba também gravado pela cantora Paula Morelenbaum em 1992, “Piano na Mangueira” encerrou de forma majestosa a parceria iniciada por Jobim e Chico em 1968 com a composição da canção “Retrato em branco e preto”.
Fonte: G1