Seu início é tomado por uma energia graciosamente entorpecente em seu escopo fantástico, maravilhoso. Capaz de ser até mesmo lúdico, em vista da maneira como o sonar do violino colore a atmosfera, a canção vai rapidamente ambientando o espectador em um terreno de textura macia, fresca e contagiante em sua embriaguez estrutural.
Nesse ínterim, porém, o enredo lírico começa a ser construído de maneira um tanto embrionária a partir de sobrevoos vocais monossilábicos pronunciados com suavidade pela voz de timbre fresco e frágil de Lady Mercedes. O interessante é perceber que, mesmo com poucos elementos, a canção consegue surtir um efeito curiosamente nostálgico que abraça, com ternura, o espectador.
Entre o veludo e a fluidez rítmica, Lady vai sendo acompanhada por backing vocals que criam e arregimentam o escopo harmônico com seus cantos cheios de sintonia e sensibilidade para com a energia das festividades de fim de ano. E o interessante, nesse aspecto, é que a cantora, por meio de sua interpretação lírica, acaba dando surpreendentes toques de jazz ao enredo de My Favorite Things, um cover audacioso do single creditado a Oscar Hammerstein II e Richard Rodgers que marca, com evidente maestria, a ansiedade para com a vivência do clima natalino.
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