O início é puxado por uma guitarra que surge, curiosamente, sem distorção. Limpa em sua crueza de sonar melancólico e fresco, ela rapidamente perde seu protagonismo absoluto e passa a dividir espaço com uma voz feminina de timbre doce e aveludado. Responsável por iniciar o preenchimento das camadas líricas, Natalie Clark entra em cena com seu timbre agudo no limite da estridência e, sob uma interpretação lírica delicada e suavemente dramática, acaba pincelando notas de melancolia na atmosfera em construção.
Conforme a canção vai evoluindo, o espectro melódico passa a receber novos componente, como o baixo. Se posicionando prontamente por entre suas contribuições secas e pontuais, ele, ainda que sutilmente, vai desenhando a base sonora e dando à obra sinais de consistência em sua magnitude sonora.
Nesse ínterim, o beat também se apresenta e assume seu lugar. Se tornando responsável pelo desenho da cadência rítmica, ele faz da obra um produto macio e fluido, ele dá à canção certo grau de precisão, ainda que o que salte aos ouvidos do espectador seja uma atmosfera sonora profundamente serena e embriagante. Eis a silhueta totalizante de Iced Tea, uma canção de estrutura branda que mergulha o ouvinte em um ambiente confortavelmente embriagante em meio a uma estética ligeiramente new age.
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