No melhor estilo pop alternativo britânico, Aza Brown surge com a climática e macia Pure Water.
Logo após o lançamento em sua versão mais orgânica, o artista volta com uma nova roupagem para o single contando com a ajuda de técnicos experientes para deixa-la com uma cara mais voltada para a música eletrônica.
É muito válido escutar essa virada de roda que a música deu tendo sido desestruturada de sua forma original com pegada mais acústica, para um beat um pouco mais acelerado e muitas incursões eletrônicas que deram um giro meio espacial ao trabalho.
Claro que, apesar de sua desconstrução, Pure Water não perdeu sua essência, tampouco sua vibe, mas ganhou um verniz diferente que não a descaracterizou e nem a deixou menos interessante.
Na verdade, ela se tornou uma nova faixa dentro de si mesma, sendo redescoberta e mostrada de forma magistral aos fãs do artista e ainda causando a aparição de novos seguidores.
Ao contrario de sua versão mais “natural”, Pure Water agora fica mais densa em seu andamento e mais tensa em seu clima, dando um novo sentido e sentimento ao que já era bom em sua raíz, em seu estado mais bruto.
Algo que merece menção honrosa é o fato de Aza Brown ser um artista de cabeça aberta, que sabe ver mais adiante e não ter se fechado em somente uma opção que sua música poderia lhe proporcionar. Nota-se que se trata de alguém que quer colocar os pés em outros, e novos, terrenos, descobrir novas estradas e perceber que há muitas saídas nas curvas que aparecem.
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