Como homem cristão, Erick Duran Manard se considera conservador em sua fé. Como músico, o cantor de South County (EUA) apresenta aqui o seu terceiro álbum, chamado “A Road without Any More Detours”. Além de boa música, o ouvinte encontrará aqui vários relatos que possibilitaram Manard ser hoje um homem temente a Deus. São dez as canções e, de acordo com o subtítulo, cada uma delas representa uma jornada em sua vida. Avaliando o setor musical, a música do americano recai sobre um estilo setentista a exemplo de “Wrestling Leviathan (Day Star Arise)”. Ou seja, existe uma pegada forte e melódica.
O timbre da guitarra em meia-distorção, não arranha a nossa audição. Pelo contrário, existe em seus acordes algo que massageia os nossos tímpanos. Bem próximo a isso, estão os solos simplistas, mas expressivos como em “A Road Without Any More Detours (Dawn Breaks Anew)”. O álbum inteiro funciona como se você estivesse viajando em uma caminhonete velha, onde as faixas são como estações. A cada parada, lindas canções como “Lost on a Dime (Blink of an Eye)” são tocadas. Alguns elementos como em “Between Scylla and Charybdis (Strait betwixt Fear and Courage)” nos remente a uma obra conceitual, embora neste caso, parece que não.
Na sequência, o virtuosismo toma forma com “Between Scylla and Charybdis (Strait betwixt Fear and Courage)”, uma música de estética suave na introdução, mas que ao decorrer do tempo recupera o seu DNA cadenciado. Destaque sempre para o timbre vintage da guitarra, assim como a voz acalentadora do cantor. Depois disso, muito brilho surge na letra de “You Are My Life (Tragoúdi agápis ston Iisoú mou)”, com uma mensagem confortante. Mas se é para impactar, “Collision of Worlds / The Parallax Effect (Divine Glory, Shines)” faz isso com propriedade, pois aqui também está a música mais pesada do álbum.
A última trinca do disco começa com “Burning the Plow (No Turning Back)”, uma música mais complexa, mas que impressiona pela atmosfera que ela forma com efeitos de pedais e teclados. Na sequência, “Crucible of Loneliness (My Darkest Hour)” se atira aos nossos ouvidos com uma melodia indescritível, ao melhor estilo de rock progressivo. Essa canção é tão fora da curva que ultrapassa o tempo médio de todas as outras faixas. Para ampliar essa gama de virtuose, “Facing the Thing You Fear Most (Embrace of My Stone / Journey’s Reprise” encerra o álbum com o máximo de talento extraído do cantor e sua banda. Um álbum ótimo, revigorador e, ao mesmo tempo, revelador.
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