O Nuclear Club se formou daquela tradicional forma. Seus membros tocaram juntos no ensino médio, mas a coisa ficou séria mesmo quando eles foram para a faculdade de artes e desenvolveram de lá o projeto. Logo, desde 2014 estão na ativa e chegam agora a seu mais novo álbum, que acaba de sair do forno.
Trata-se deste ‘Black Cats Are Bad Luck’, que é o quarto disco da banda, e traz um título que ironiza a ideia do azar que ‘gato preto’ dá. Sim, porque a banda, em suas diversas temáticas sociais, defende também os direitos dos animais em suas letras e denuncia alguns atos de crueldade, como a caça à raposa, tão tradicional no Reino Unido, de onde eles vêm.
Sonoramente falando estamos diante de uma banda que investe em todas as facetas do indie, passando pelo pop, eletrônico e rock, mas sem fechar o leque, flertando com outros gêneros, dentre eles o synthpop, post-punk e dream-pop, sem esquecer a naturalidade do britpop, que já vem no sangue de qualquer grupo britânico que aposta nestes estilos alternativos.
Tudo isso em dez composições e pouco mais de 48 minutos, onde eles destilam esses elementos criando uma identidade própria, do qual geram uma assinatura e não se perdem nessa amálgama de influências. Sem contar o equilíbrio entre as faixas do ‘tracklist’, que dificultam ainda mais para apontar destaques.
Porém, como não tem como não fazer isso para melhor situar o ouvinte, “Hexavalent Chromium”, a faixa de abertura, já deixa uma ótima impressão, com seu início apoteótico e condução perfeita para abrir o disco. E logo em seguida vem a faixa título, um épico synthwave de sintetizadores atmosféricos viajantes simplesmente magnífico!
The Promise of Plastic chega com seus sintetizadores lisérgicos, com certo ar de nostalgia e uma levada um pouco mais pra cima. Porém, mantendo as sublimes e delicadas linhas vocais, além de inserir guitarras bem propícias. Mantendo-se o agito, mas com um trabalho mais espacial por parte do instrumental, “Its Rests” é outro destaque que precisa ser mencionado, soando com uma cara de hit imediato que ganha o ouvinte já na sua introdução.
Não exatamente conceitual, o álbum é inspirado em temas de aceleracionismo, atraso cultural, ambientalismo e alienação social. Ele traça paralelos entre mudanças sociais e tecnológicas em meados do século XX até os dias atuais. Música abrangente e letras inteligentes, não poderia ser melhor que isso. Logo, aperte o play e seja feliz!
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