A primeira imagem já tem um quê de medonha. Afinal, com foco em alta definição de uma mosca pousada em um tronco de árvore, o vídeo consegue capturar todas as nuances de seu exoesqueleto, fazendo com que o inseto pareça um extraterrestre. E o curioso é que, enquanto isso acontece, a trilha sonora fica a cargo de um reggae alegre, melódico e contagiante.
Com a união de um sonar agudo, sintético e quase estridente na superfície melódica com o toque adocicadamente áspero do hammond na base sonora, a obra consegue oferecer um bom contraponto de texturas. Daí em diante, o vídeo se desprende da imagem estática e passa a oferecer imagens em movimento de diversos insetos em seu habitat natural, ainda que alguns takes tragam cenários de causar repulsa e náuseas.
Com direito a elementos percussivos como o repique dando cadência e sensualidade ao reggae estrutural, Bugs vai se mostrando uma canção curiosa. Afinal, por mais que seja calcada em um ritmo confortável, macio, swingado e contagiante, ela traz consigo um enredo de tema lírico delicado que trata do vício em pesticidas. Versos como “I’ve been working out bugs, but the bug powder’s bad”, “there’s somebody I know from way back, he was working out bugs and lost all that he had” comprovam tal interpretação.
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