De maneira alguma, a intenção aqui é criar limites e estereótipos para a música, muito menos a um artista. Mas algumas coisas precisam ser ditas, para que se possa situar o leitor em uma resenha, sempre. Para isso, talvez, os limites diminuam e aí cabe uma boa interpretação de texto.
A cantora nova-iorquina, Rachael Sage, por exemplo, faz tudo, menos um som que remeta a sua terra natal. Por mais que estejamos falando da capital do mundo, a sonoridade apresentada pela artista está mais para a Europa Ocidental, do que para qualquer outro lugar do mundo, tanto que ela se acostumou a se apresentar no Reino Unido e Irlanda. Logo, isso não é problema nenhum.
Afinal, o que importa é a qualidade de sua obra, e isso Rachel entrega a esmo. É só ouvir este seu novo single, “Revelation Ground”. A belíssima canção traz diversos elementos, une o moderno ao medieval, mantendo um equilíbrio espetacular e adentra facilmente à alma dos apreciadores da boa música.
Com uma base levada no violão e orquestrações de fundo, a composição é uma verdadeira mescla do alternativo, folk e pop, trazendo ainda doses homeopáticas de world music e new age. Tudo tendo uma aura clássica e erudita que permeiam a composição toda.
“Revelation Ground” ainda ganha contornos de música medieval, claramente inspirada por canções tradicionais britânicas, mas sem perder seu ar atual, o que é uma grande façanha de Rachael. De façanha para talento natural, é preciso destacar o excelente vocal de Rachael. Suave ao extremo, seu timbre se encaixa ao contexto erudito e o trabalho desenvolvido é muito interessante, principalmente com o auxílio do trabalho desenvolvido neles, com dobras e ‘backings’ oportunos.
“Revelation Ground” é uma canção tão bela, que neste single, além da versão definitiva, apresenta outras quatro alternativas, que só ajudam a confirmar que estamos diante de uma música magistral.
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