Não é apenas o frescor que torna a música atraente desde seu início imediato. Ela traz consigo uma essência que mistura delicadeza e sensualidade em uma tomada latina bastante interessante. A partir dessa constatação, não é difícil para o espectador ouvir o som das ondas em contato com a areia ou mesmo de sentir o frescor da brisa litorânea banhando o seio da face em um entardecer de verão.
Minimalista em sua iniciação, a canção se apoia na musicalidade fornecida unicamente pelo violão, elemento que, além de prover melodia, acaba sendo responsável por também difundir uma harmonia aconchegantemente macia e até mesmo reconfortante. Assim que as linhas vocais começam a ser preenchidas por uma voz feminina de timbre frágil e levemente grave vinda de Rosie Belvie, a sutileza é um elemento que é amplificado sensorialmente.
Através dessa paisagem, a composição acaba desfilando uma mistura rítmico-melódica complexa no sentido da quantidade de gêneros que são possíveis de ser identificados em sua receita. Reggae, cumbia, salsa, pop e, inclusive, traços ligeiros de soft rock sobrevoam a atmosfera como um súbito ventilar perfumadamente floral. Dessa forma, O.M.G, além de consolidar como uma obra dançante esteticamente, liricamente ela consegue transmitir a essência de Rosie tanto como artista quanto como pessoa.
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