Um sonar estridente funciona como o elemento que puxa a introdução. Sua postura enfática choca e atordoa o ouvinte de maneira que soa proposital, como uma forma audaciosa de chamar a atenção do ouvinte para que este mergulhe em um universo que, desde de o amanhecer imediato, sugere alto grau de reflexão.
Logo em seguida, um som tiquetateante assume um posto quase hipnótico que embriaga o espectador. Após um segundo golpe estridente, a canção alcança seu primeiro verso, momento em que tem sua camada lírica preenchida por uma voz masculina de timbre doce e delicado. Eis David Cloyd ecoando no cenário com versos que liberam a canção para se desenvolver de maneira dramática.
Nesse ínterim, é interessante de se observar como as conjunturas sonoras são capazes de criar um cenário natural e puro baseado nos primeiros raiares do Sol formando a silhueta das montanhas no horizonte e rompendo a densa camada de neblina formada pelo crepúsculo do amanhecer. Não é de se espantar que, com a presença de um violino que se posiciona na base melódica com um tom delicadamente grave, a faixa assuma uma postura intimista e, até mesmo, pensativa.
Essencialmente atmosférica, Ocean Of Hours se mantém linear, sem crescentes harmônicas ou, mesmo, melódicas. Uma canção que caminha em um mesmo nível durante toda a sua execução sugerindo e incentivando um generoso grau de torpor. A partir dele, Cloyd propõe ao ouvinte discutir sobre o tempo e encontrar respostas para questionamentos como ‘para onde o tempo vai?’.
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