Se você pretende se introduzir ao mundo da música eletrônica, “Cantor’s Jam”, sexto disco do norte-americano Ontologist é uma pedida perfeita. Longe de ser um disco didático, muito menos feito por um novato, o trabalho prima por variação, qualidade e abrangência dentro do gênero. Além de ser um disco de fácil digestão.
O mix apresentado nas composições mostra que o artista absorve estilos musicais do mundo inteiro e os insere em seu trabalho de forma natural e coesa. Afinal, não se trata de uma sonoridade voltada apenas a batidas e levadas, mas sim com foco em arranjos e ritmos diversos, inclusive vocalizações sintetizadas.
Um olhar (ou um ouvido?) mais atento, notará que o Ontologist bebe inclusive na fonte da música brasileira. É só notar a faixa de abertura, “Zeptosecond”, onde o ritmo da bossa nova aparece latente, nem que seja de forma indireta. A confirmação vem na adaptação “Àquas de Março”, sim, ela mesmo, e que conta com participação da cantora Francesca Johnson.
Um dos principais elementos da sonoridade do disco é a inclusão de uma boa dose de ‘groove’, que torna as composições ainda mais dançantes. Vale lembrar que “Cantor’s Jam” é um trabalho que busca incorporar a música em geral ao universo eletrônico, e o Ontologist o faz com maestria. Tudo passando por diversas facetas e subestilos do gênero, tais como o eletro-pop, o lounge e a house music. Vale mencionar a capa do álbum, que traz uma foto de recortes de imagens de ‘supostos’ doces, tão variados, quanto a sonoridade encontrada em “Cantor’s Jam”. Saboreie sem moderação e imediatamente.
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