Open Your Eyes | Me & Melancholy lança álbum tido como o melhor da carreira

Seu despertar já vem estruturado em uma silhueta contagiante e atraente. Pulsante de um jeito que transpira uma essência embrionariamente dançante, a canção vai se desenvolvendo a ponto de, em definitivo, exortar e confirmar tal prerrogativa. Fundindo elementos sonoros provenientes da new wave, a obra, além de ofertar agradáveis sensos de torpor que remetem aquela mesma energia presente em Enjoy The Silence, single do Depeche Mode, dá ao ouvinte a capacidade de se sentir no auge dos anos 70. Narrada por uma voz masculina de caráter suavemente ácido e grave, a faixa-título consegue ofertar lapsos de consciência em meio ao seu impositivo ambiente alucinante.

Com uma natureza sintética pulsante crescente através de uma natureza levemente ácida, é interessante perceber que a presente faixa se deleita em meio a um cenário mais sombrio e denso. Fazendo com que o ouvinte vivencie, com certo pânico, a sua máxima essência frágil e vulnerável, a canção, mesmo com seus pulsos percussivos, soa como se o espectador estivesse em um ambiente inóspito em meio a uma solidão avassaladora e incômoda. É justamente nesse ínterim que, além do beat evoluir para algo de natureza mais fluida, sons agudos no limiar da estridência vão dando à atmosfera uma paisagem curiosamente aterrorizante. Até mesmo pela forma com que o vocalista interpreta o enredo lírico, Don’t Leave Me Here In The Dark acaba soando, decididamente, como uma obra que coloca a audiência em contato direto com seus próprios medos.

Indiscutivelmente pulsante e inquestionavelmente dançante, a canção, através do sonar sintético agudo e suave em sua branda estridência produzida pelo teclado, mergulha ainda mais profundo na paisagem estética da new wave. De textura capaz de ser até mesmo aveludada, Naive se mostra uma canção que se perde em meio a um viés estruturalmente eletrônico enquanto a forma como o enredo lírico é interpretado consegue fazer com que o espectador viva o máximo do torpor.

Mantendo a veia eletrônica em voga, a presente canção vai se desenvolvendo através de um beat em cadência mid-tempo que dá ao ouvinte uma boa noção de movimento. Conseguindo ser surpreendentemente entorpecente e com notas sombrias, é como se In The Blink Of An Eye bebesse, de alguma forma, da mesma fonte estética do post-punk do The Cure. Ainda que sob uma atmosfera densa em seu viés sensorial melancolicamente escuro, a canção consegue fazer com que o ouvinte seja instigado a uma espécie de dança motivada por um curioso senso de insegurança. 

Eis aqui um álbum que surpreende. Ele surpreende por conseguir fazer com que uma atmosfera sombria e até mesmo fantasmagórica, aterrorizante, talvez seja a palavra mais correta, se configure como algo atraente e dançante. Levando o ouvinte a vivenciar insegurança e entrar em contato direto com seus próprios temores, Open Your Eyes é marcado por fundir o eletrônico com o new wave e o post-punk por meio de um viés irresistivelmente entorpecente e, principalmente, morfinesco.

A partir daí, não é difícil que o ouvinte se perceba denso e tenso, dando voz e vida às suas próprias inseguranças conforme o álbum vai se desenvolvendo. Sempre sobre um céu noturno, mas nem sempre trovejante, o álbum acaba sendo como um gatilho para que o espectador, inclusive, entenda que a melancolia, em sua forma mais rascante, seja a verdadeira realidade.

Mesmo que os beats desenhados nas obras deem ligeiras conotações de sobriedade, não são elas fortes o suficiente para romper a morfina e trazer o ouvinte de volta à sua verdade e à sua máxima lucidez. E isso se comprova, principalmente, no decorrer das quatro primeiras faixas do material. Afinal, do sombrio ao dançante, elas mostram, com ainda mais precisão, a natureza ludibriante, cínica e hipnotizante que o álbum, às vezes, tenta esconder.

É por essa razão que ouvir Open Your Eyes na íntegra soa como um desafio. Mas não por ser longo demais ou cansativo, o que, definitivamente, não é o caso. O desafio aqui se deve ao fato de que o material reascende a vulnerabilidade que o espectador achou estar sob controle. Uma fragilidade que, a cada nova música, mostra a insegurança, por mais que bem escondida, chega um momento que explode e torna o indivíduo refém de seus próprios medos.

Mais informações:

Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/6ZZZwGgM356RFi7YH7uSOs

Facebook: https://www.facebook.com/Me-Melancholy-115404858132950/

Bandcamp: https://memelancholy.bandcamp.com/

YouTube: https://www.youtube.com/@memelancholymusic

Instagram: https://instagram.com/meandmelancholymusic

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