Os 15 melhores álbuns nacionais lançados em 2021; confira e saiba mais

Sempre é bom lembrarmos… Suscita pretensiosidade listas como essa, não acham? Deixamos claro: os QUINZE melhores álbuns nacionais para a ROADIE MUSIC mediante o olhar particular deste que vos escreve. Pronto! Ah, e comentários são bem vindos em nossas redes sociais, já que COM CERTEZA algum poderá faltar na seleção particular de alguém.

Esse ano tivemos um aumento ABSURDO de lançamentos em virtude da pandemia, muitos desses artistas que constam na relação, nós tivemos a honra em divulgar o lançamento. Observação: a ordem disponibilizada não é por juízo de valor, mas sim, aleatória. Então vamos lá!

MACACO BONG – “Mondo Verbero”

Que o Macaco Bong é um dos maiores fenômenos instrumentais surgidos nos últimos tempos, todos já sabemos… A evolução musical a partir de cada trabalho, sempre com inovações das mais provindas, obviamente também é percebida por nós. Agora, esta viagem no qual somos abduzidos em “Mondo Reverbero”, com mergulhos ensandecidos em cores lisérgicas, eletrônica, dub e uma imersão das mais precisas nas profundezas da música brasileira, é absurdamente sensorial!

Experiência das mais impactantes neste deslumbre instrumental, vale frisar o mergulho singular na brasilidade em duas faixas: “Kãeãe”, inspirada no “rasqueado cuiabano”, um ritmo tradicional da região de origem da banda, a capital do Mato Grosso; e “Hacker de Sol”, que traz uma simbiose de elementos eletrônicos com forró em reverência ao sol. “Mondo Reverbero” é um dos grandes acontecimentos em nossa música nos últimos tempos. Embarque e se permita viver todos os requintes sinergéticos que são proporcionados! MACACO BONG!

MACUMBAZILLA – “…At a Crossroads”

O trio curitibano chegou quebrando tudo em 2021 após longo hiato, com o lançamento do álbum “…At a Crossroads”! Trazendo o mais vigoroso metal de ares alternativos, repleto de groove na cozinha precisa de Carlos Piu (baixo) e Júlio Goss (bateria) e refrões dos mais certeiros, daqueles perfeitos para serem gritados a plenos pulmões em uma apresentação enlouquecida. O líder e multi-instrumentista, André Nisgoski, arrebata todo seu talento com uma entrega das mais comoventes nesse trabalho! A espera valeu a pena, “…At a Crossroads” é “inrotulável”, tamanha a capacidade criativa desprendida no poderio sonoro.

As 14 músicas que compõe o petardo trazem uma qualidade de hinos pesados abrupta, colocando este disco entre os maiores lançamentos do metal mundial, sem nenhuma sombra de dúvida! “Hellhounds” e “Morningstar” impactaram como primeiros singles em sua divulgação inicial em 2020, mas não tenho receio em alardear que TODAS as composições do álbum são de extrema excelência, é um ensejo pesado dos mais proeminentes, IMPOSSÍVEL pular faixas… Simplesmente SENSACIONAL!

CRIS BRAUN – “Quase Erótica”

A cantora e compositora que teve visibilidade na banda “cult-noventista”, Sex  Beatles, construiu uma respeitadíssima carreira solo, onde abriu seu leque de proporções para além do cenário rock’n’roll, sempre apresentando surpresas das mais furtivas em seus trabalhos. Radicada em Maceió, desde “Filme” (2017) tem a parceria do tecladista, arranjador e produtor musical alagoano, Dinho Zampier, uma conexão que se mostrou indubitavelmente produtiva, principalmente agora em “Quase Erótica”!

Optou por adentrar os trabalhos revisitando o passado em “Tudo que você queria saber sobre si mesmo (e tinha medo de perguntar)”, música do parceiro Alvin L (“Aprender”, outra dobradinha entre os dois também volta aqui!), gravada pelo Sex Beatles, maravilhosamente renovada. Aliás, o álbum traz um frescor imerso em contemporaneidade, com musicalidade expansiva de caminhos dos mais mais díspares e um senso de humor revigorante, além de uma tentadora vividez pop. “A cara da minha metade”, “Invisíveis” e “Logado” são alguns dos hits em potencial deste registro sensacional! Cris Braun SEMPRE ACERTA!

CAETANO VELOSO – “Meu coco”

Quebrando um intervalo de 9 anos, a pandemia motivou um dos maiores gênios do nosso cancioneiro a se manifestar em composições, e voltar em um registro cheio autoral. Caetano Veloso permeia um verdadeiro passeio por todos os meandros possíveis da música popular brasileira, e mantendo o cerne tropicalista, apresentando surpresas aqui e ali, sempre enfatizando o formato canção subliminarmente, como é de praxe em seu repertório de altíssima reverência!

A verve literária continua afiada ao extremo (Caetano não é “amansável” nunca!), brada entusiasticamente que “Sem Samba Não Dá”, e faz uma simbiose encantadora que emana simultaneamente raízes nostálgicas com arquétipos vigentes aos tempos atuais, como permear artistas lendários do nosso cancioneiro, com vultos contemporâneos (a saudosa Marília Mendonça por exemplo). Faz referência aos algoritmos das redes sociais e dos canais de streaming, citando o fenômeno Billie Eilish, que gravou discos icônicos em seu quarto (um parâmetro com a própria produção caseira do álbum). Passado e futuro dialogam intermitente, emanando intensidade na alternância entre momentos tristes e ásperos, partindo da faixa-título “Meu Coco”, que abriu não apenas o disco, mas definiu conceitualmente o trabalho, abordando as origens miscigenadas, mulheres brasileiras e o “nosso futuro”. Todo o processo desembocou daí! Caetano aos 79 anos, MAIS EM FORMA do que nunca!

DUDA BRACK – “Caco de Vidro”

A gaúcha Duda Brack é uma das maiores artistas surgidas nos últimos tempos em nosso país. Desde a estreia arrebatadora com o personalíssimo e cortante “E” (sucesso de público e crítica), até a participação no disco tributo aos Secos e Molhados (“Primavera nos Dentes”), o que gerou parceria com Ney Matogrosso, sua voz sedutoramente grave trafega mediante uma presença cênica das mais impactantes, com a linguagem do corpo dialogando juntamente a produções visuais (o clipe de “Toma Essa” que o diga, entre outros) das mais assertivas!

“Caco de Vidro” carrega todas essas probabilidades dentro do repertório e na estética sonora, mas que também surpreende ao apostar em uma latinidade das mais expansivas, como na parceria com Ney Matogrosso e Baiana System (“Ouro Lata”), em “Esmigalhado” e a magistral releitura de “Sueño con Serpientes”, eternizada no canto de Mercedes Sosa. A voz carregada de imponência técnica, versatilidade pop e sofreguidão das mais comoventes, “além de falar de muitos fins de ciclos na minha vida, e sobretudo de um processo de superação, traz provocações a respeito do momento sociopolítico que estamos atravessando no Brasil”, destaca a cantora. ESSENCIAL!

DORSAL ATLÂNTICA – “Pandemia”

“Em Brazilândia, a sociedade é dividida entre 3 etnias: os equinos que governam, o povo canino e os símios militares. Um jumento é eleito como Primeiro Ministro através de um golpe dado com o judiciário e os generais gorilas. O novo governo infecta a população com o vírus da burrice, a pandemia da ignorância. Seus fanáticos seguidores empilham livros em fogueiras, clamam que a terra é plana e lotam os templos porque creem que o Deus Sumé as salvará do vírus, enquanto esses mesmos fanáticos destroem terreiros de candomblé e incendeiam laboratórios, faculdades e livrarias”.

Este disco manifesto faz uma metáfora SENSACIONAL das mazelas político-sociais em nosso país, com o tom de denúncia em letras realmente incríveis pela criatividade da narrativa, acompanhando subliminarmente o peso massivo do clássico thrash-core (com elementos do repente nordestino, candomblé e de capoeira) da lendária banda carioca. Um libelo em tom de desabafo, que nos convoca para sermos uma só voz contra o obscurantismo, negacionismo, conservadorismo pentecostal e a mediocridade anti-científica/cultural/intelectual, que assolou os meandros do poder brasileiro com uma legião de “torcedores” vitimados pela cegueira ideológica. Caminhando para os 40 anos de trajetória, um dos precursores do metal em solo brasileiro, continua nos surpreendendo com um trabalho de altíssimas proporções, que já nasce CLÁSSICO!

JULIANA LINHARES – “Nordeste Ficção”

A cantora e compositora potiguar, integrante da banda Pietá e do projeto Iara Ira, traz uma estreia solo arrebatadora na construção do conceito em  influenciar mudanças nos olhares que o país tem sobre a região Nordeste. “Sou vista como nordestina aqui (no Rio de Janeiro, onde mora há 10 anos) e essa questão se tornou relevante. Por isso pensei em falar desse Nordeste que muitos não conhecem, para tentar diminuir essa fronteira entre regiões e ver se a gente se entende melhor. Não acho que o meu disco faz tudo isso, mas é o ponto de partida dessa história que eu quero contar”, disserta a artista mediante o processo instaurado na construção do magnífico “Nordeste Ficção”!

O potencial radiofônico em sintonia com a conexão instrumental de um material tão bem elaborado, é um dos grandes trunfos de um disco que nos impacta em níveis estratosféricos durante a audição, promovendo em sua diversidade azeitada, um dos encontros mais incisivos (parcerias com Letrux, Chico César, uma inédita de Tom Zé e recebe Zeca Baleiro) entre passado e futuro. O enfoque primordial são as festividades populares que marcam o ensejo nordestino, transitando de São João ao Carnaval, e expondo referências das mais díspares durante o processo. As histórias são extremamente bem contadas, nos trazendo um impacto identitário dos mais precisos, e obviamente nos emocionando em contexto arrebatador. Um dos melhores registros lançados nos últimos tempos!

CHARLES SOULZ – “Split Mind”

Se você é um daqueles adeptos de sonoridades pesadas que só falta ter urticária quando o rótulo prog-metal é mencionado, seus problemas acabaram! Temos aqui um ótimo antídoto, o álbum “Split Mind”, do multi-instrumentista e produtor Charles Soulz. Esqueça os maneirismos que levam ao delírio apenas os aficionados do gênero, e tenha uma experiência subliminar! Com um verdadeiro TIMAÇO de colaboradores em seu corpo de musicistas, é um trabalho que vai muito além de qualquer “caixinha” que o aprisione conceitualmente

Obviamente temos um protagonismo natural de pianos, teclados e sintetizadores (marca registrada de Soulz), e incursão por sonoridades progressivas setentistas, mas com nítido enfoque primordial na concepção da canção especificamente, nada de arroubos instrumentais desnecessários. Um registro de rara beleza, que demonstra um esmero dos mais sublimes em cada partícula desprendida para a sonoridade proporcionada. Mesmo na suíte que auto-intitula o disco, com suas seis projeções musicais naturalmente interligadas, vemos um trabalho instrumental primoroso, mas totalmente focado para as composições. É um álbum de GRANDES CANÇÕES, que traz um novo fôlego para o gênero, independente de como queiram avaliar esteticamente. INDISPENSÁVEL!

BAIANA SYSTEM – “OXEAXEEXU”

Após o impacto de “Duas Cidades” (2016), a pandemia trouxe um novo fazer artístico que destoaria da fórmula vencedora de outrora. Na ausência de apresentações, o coletivo não experimentaria repertório junto ao público e começou espontaneamente o processo de criação que resultou nas 20 faixas que lançaram divididas em três atos. “BaianaSystem não é uma banda, é uma troca entre vários artistas”, definiu o vocalista Russo Passapusso ao descrever o álbum “OXEAXEEXU, registro que uniu nomes brasileiros e internacionais num caminho que transitou pela África Oriental e ultrapassou as múltiplas “fronteiras etnolinguísticas” da América Latina.

O registro é dividido em três atos: “Navio Pirata” (definido pelo grupo como o inicio de uma “viagem no tempo-espaço”, entre América e África); “Recital Instrumental”, descrito na forma de “um mergulho no universo sensorial da música e suas muitas camadas, priorizando o instrumental como parte fundamental e necessária para a música do BaianaSystem”; “América do Sol”, que promove o intercâmbio através de parcerias das mais vívidas, como Russo descreveu acima. O álbum é fruto de narrativas e parcerias, desembocando na imponência musical sem abrir mão do do forte discurso político proeminente nas produções do grupo baiano, que arrasta multidões em festivais e shows por todo o país, se consistindo em um dos maiores sucessos construídos recentemente!

ORQUIDÁLIA – “Boca a Boca”

O grupo de Florianópolis traz uma produção das mais incessantes em pouco mais de 3 anos de atividade, se consistindo em uma das maiores potências criativas surgidas nos últimos tempos. Impressiona a versatilidade sonora implementada em seus trabalhos, que chega ao ápice no incrível álbum “Boca a Boca”, onde a terminologia “liquidificador sonoro” se faz presente em proporções indubitáveis!

O jorro criativo é desprendido aos borbotões, onde elementos dos mais díspares da música brasileira abraçam gêneros diversos, fazendo explodir o sentido tropicalista na sonoridade abordada, onde se dialoga com vocalizações de harmonias das mais furtivas, proporcionadas por Maitê Fontalva (voz e guitarra), Nalu Medeiros (teclado, percussão, guitarra e voz), Lucas Fontalva (baixo e voz) e Simón Aftalión (bateria e voz). Militantes da causa LGBTQIA+, gravaram esta pérola de forma totalmente independente e com grande sentido coletivo, imersos em casa durante a pandemia. A vibração que ecoa na coesão do repertório, provém de algumas canções terem sido experimentadas ao vivo antes do bloqueio. Orquidália, GUARDEM BEM ESSE NOME!

NERVOSA – “Perpetual Chaos”

Muitos podem estar questionando a Nervosa constar na nossa seleção nacional, em virtude da nova formação da banda (onde passou de trio para quarteto) ter internacionalizado a marca, onde cada nova integrante provém de uma parte da Europa (Diva Satânica – Espanha, Mia Wallace – Itália e Eleni Nota – Grécia), juntamente a remanescente Prika Amaral. Aliás, a guitarrista e fundadora paulistana, responsável por dar novo corpo ao bardo thrash-metal, se radicou na Espanha para facilitar os trabalhos logísticos. Acontece que a banda foi formada no Brasil, fez história no underground e festivais internacionais levando o nome do nosso país, então ainda carrega nosso DNA. Nervosa é instituição brasileira, e ponto!

Esse álbum mostra como uma seleção de material humano bem executada (todas PRIMOROSAS em suas funções!) e discorrendo em química de primeiríssima, rende um grande disco em termos de repertório. “Perpetual Chaos” chega quebrando tudo na melhor tradição do thrash-metal alemão, com o instrumental azeitadíssimo, mas se permitindo variar em surpresas sonoras das mais diversas. Traz as participações especiais de Marcel Schirmer (Destruction), Guilherme Miranda (Entombed AD) e Eric A. Knutson (Flotsam And Jetsam). A NERVOSA continua avassaladora!

CRYPTA – “Echoes Of The Soul”

Após a ruptura com o Nervosa ao adentrar da pandemia, sabíamos que Fernanda Lira e Luana Dametto viriam com um bardo a altura de toda a maturidade musical alçada até então, e dentro da nova proposta sonora almejada: o death metal old school. E as guitarristas, Tainá Bergamaschi e a holandesa Sonia Anubis são instrumentistas da mais alta extirpe, contribuindo para o CRYPTA já nascer grande! A expectativa foi totalmente suplantada em “Echoes Of The Soul”

Uma das maiores estreias que já tivemos notícia, o death metal carregado de fúria e influências das mais díspares (como o black metal), carrega um potencial técnico dos mais resplandecentes, é impressionante o poderio desprendido nas composições! Riffs incríveis, blast beats avassaladores, solos de altíssimo nível da dupla e vocais maravilhosamente ensandecidos de Fernanda, repletos de versatilidade. Temos mais um grande coletivo feminino representando o Brasil pelo mundo no cenário pesado! CRYPTA!!!

LINIKER – “Indigo Borboleta Azul”

O incrível “Goela Abaixo” marcou a despedida da parceria das mais precisas entre Liniker e a banda Os Caramelows. E obviamente em seu mergulho totalmente solo, a artista resolveu trazer uma inovação em sua obra, por mais que a identidade de intento soul e catarse blues, que é uma marca registrada do seu imponente canto, se mantém fortemente presente em “Indigo Borboleta Azul”. Mas as surpresas contribuíram para o surgimento de uma nova obra-prima

Temos música black brasileira de ares setentistas altamente sedutora, mas repleta de orquestrações dramáticas, levando todo aquele balanço soul de outrora (que incorre ao samba-jazz em muitos momentos) em proporções épicas. Somos sensorialmente convocados a dançar, mas com o intento pungente na medula, e singelamente conduzidos pela voz de texturas hipnóticas proferida por Liniker! É um disco comovente (o que é a incursão fantástica pela língua inglesa em “Lili”?) que nos embarca em uma experiência de “levitação” em seu balanço, acompanhados pelas parcerias certeiras de Milton Santos, Tássia Reis, Orkestra Rumpilezz e Orquestra Jazz Sinfônica. LINDO!!!

GIOVANNI CIDREIRA – “Nebulosa Baby”

Giovanni Cidreira é um dos artistas que mais galga ascensão artística no país gradativamente. Após um disco fantástico ano passado, em parceria com Josyara (“Estreite”), o cantor, compositor e produtor baiano, nos entregou seu terceiro álbum de estúdio, “Nebulosa Baby”. Muitas das vezes aclamado como o “Frank Ocean brasileiro”, descarta qualquer probabilidade de comparação (até com seus trabalhos anteriores) em permitir-se incorrer a experimentações das mais diversas, em sua já conhecida expansão musical, que permeia por força autoral, poética pungente  e elegância conceitual!

Em arranjos melodramáticos comoventes que simultaneamente namoram a psicodelia, Cidreira expurga um caldeirão de possibilidades estéticas que comprovam o porque dele ser um dos artistas mais interessantes surgidos no Brasil nos últimos tempos. A criatividade que brota como esguicho constante, é um reflexo da cabeça abrangente e genial do desbravador cultural baiano, que mesmo repleto de ruídos e camadas atmosféricas ao redor, ainda possui um canto repleto de proporções das mais vívidas! As parcerias com Alice Caymmi, Luiza Lian, Luê, Ava Rocha, Josyara, Jadsa, Jup do Bairro e Dinho Almeida (Boogarins), é mais um requisito que atesta a experiência infindável que é “Nebulosa Baby”.

DUDA BEAT – “Te Amo Lá Fora”

Após o impacto da estreia com “Sinto Muito”, onde o termo “sofrência-indie” (para alguns “NOVA MPB”) foi promulgado em alto estilo por essa recifense radicada no Rio de Janeiro, com o combo de vocais personalíssimos + poética sôfrega + identidade visual + grande produção de Thomas Tróia, havia a expectativa pela continuação dessa jornada. No caráter conceitual, as letras de “Te Amo Lá Fora” continuam abordando o insucesso nas relações afetivas, mantendo o ditado que “em time que está se ganhando”…

Até que ponto a “dor de corno” terá fôlego em sua carreira, é algo pertencente ao futuro, mas se tem um elemento de grande crescimento na obra é a produção de Tróia juntamente a Lux Ferreira, que sonoramente suplementa a musicalidade de Duda para esferas ainda mais expansivas! Temos uma veia pop mais proeminente, juntamente com incursões incisivas na música regional brasileira e muitas pitadas de eletrônica, com climas atmosféricos e vários samples dos mais acertados. E tome trap, samba de coco, piseiro, psicodelia, passagens orquestrais e até pagode baiano! O instrumental diversificado com extrema competência simbiótica, faz de “Te Amo Lá Fora”, um registro ainda melhor resolvido que o estupendo debut. E pensar que há apenas 3 anos atrás, a simpática loirinha de forte personalidade era apenas uma estudante de Ciências PolíticasPONTO PARA DUDA BEAT!  

Poderiam ter estado aqui facilmente: a grande estreia de Angélica Duarte (“Hoje Tem”); o retorno após 10 anos de Marisa Monte, com “Portas”; o metal imponente do Troops of Doom (“The Absence of Light”) e de Edu Falashi (“Vera Cruz”); o rap de Djonga (“Nu”) e “Casa Francisco”, do Francisco, el Hombre, e muitos, mas MUITOS artistas fantásticos que não lançaram álbum, mas despejaram seu talento em singles e EPs!

Por Alessandro Iglesias

 

escort - sahabet güncel - uçak oyunu bahis - twitter followers buy - slot casino siteleri - Vbet - Betosfer Bonus