É curioso e, ao mesmo tempo, agradável e contagiante. A maneira com que o piano soa no despertar imediato da melodia consegue fazer com que o ouvinte sinta desde uma leveza atraente até uma alegria de origem enigmática. Cenograficamente, é como enxergar o Sol nascer no além-mar com sua vivacidade enérgica.
Ao soar dos golpes precisos exercidos sobre a caixa da bateria, a canção, enfim, flui para sua segunda metade introdutória. Viva, swingada e macia, ela fornece uma melodia bem construída em sua mistura de sabores doces e frescos. Assim que Steven Winton passa a preencher as camadas líricas com seu timbre agudo e ligeiramente fanhoso, o primeiro verso começa seu enredo a partir de uma estrutura sonora aveludada e suavemente mais intimista.
Ganhando requintes de harmonia nos momentos em que a guitarra se posiciona na base melódica, enquanto produz um sonar constante e agudo em sua afinação amaciada, Outlaws se matura como uma obra que extravasa tranquilidade, leveza e um senso agradavelmente necessário de despreocupação. Sob um refrão cuidadosamente harmonioso, a canção se concretiza um produto sereno e delicado que faz o verão reinar em seu esplendor de possibilidades das mais variadas experiências. Uma música definitivamente penetrante e grudenta, mas sem ser apelativa.
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Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/4JCD5No0OoJGc9UGnDLIEv