Os pelos do ouvinte se eriçam enquanto o Sol, quente em sua pose de verão, é visto no horizonte fazendo a vida acontecer. Ainda assim, existe um toque de drama com a sua chegada. Uma certa melancolia que extravasa do inconsciente para o mundo exterior da mente.
Enquanto a guitarra, em sua forma blues, grita como se estivesse suplicando em pleno choro, surge em cena como protagonista absoluta, aquele inicial blues de veias tradicionais parece ser abraçado por toques latinos. É como se singelas influencias despropositadas de lambada pudessem ser notadas em meio aos seus suspiros agora cambaleantemente dançantes. Não é à toa que, de certa forma, o ouvinte consegue notar um pouco de Santana na maneira como Paradise vai amadurecendo.
Com a guitarra base dando um apoio cabisbaixo e entorpecido de forma a lembrar, somente pela sua afinação, aquela melodia desenhada por Tim McLarth no amanhecer de Prayers Of The Refuge, single do Rise Against. Com bom corpo estrutural, encorpado por um baixo de presença e contribuição precisos, Paradise é um blues melódico que extravasa um aroma romântico de maneira evidente quando atinge seu ápice narrativo melódico-lírico.
No mais, Paradise ainda traz Stuart Lawrence contribuindo na interpretação do lirismo tanto com seu timbre grave quanto por experimentação de falsetes bem executados. Tais detalhes mostram sua boa forma, mas uma postura equilibrada não somente no canto, mas também na arte da composição.
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