Paranormal Arson despeja sonoridade caótica em EP “Paranormal Arson (Director’s Cut)”

Depois que o som extremo se popularizou entre o final dos anos oitenta e começo dos anos noventa, muitas bandas surgiram na América e na Europa como as clássicas Bolt Thrower, Obituary, Autopsy, Suffocation, Entombed, Terrorizer, Repulsion e Napalm Death, que são algumas das influências da Paranormal Arson. Para quem não sabe, esta é uma one-man band encabeçada pelo canadense Jamie MacDonald. Essencialmente, Jamie faz vocal, toca baixo, guitarra e elabora a programação do EP autointitulado de cinco músicas, lançado há poucos meses. Na mesma data, o músico liberou uma segunda versão deste EP com bônus.

O álbum, que tem como produtor o próprio Jamie, teve colaborações de Mark Scott e Harrison Stewart. Todo o trabalho foi feito na Nova Escócia, província marítima ao leste do Canadá, e o que desperta mais atenção é a sujeira inserida nas gravações, onde distorções, melodias e principalmente peso, se aglomeram em um único recipiente. A sonoridade lembra muito os primeiros álbuns do Bathory, portanto, este é um ‘play’ para quem se identifica com as vertentes mais undergrounds do death metal, hardcore e grindcore, embora algumas referências do grunge também façam parte da personalidade e até do repertório da banda.

O início com “Graverobbing in Texas” já afasta qualquer ouvinte acostumado a ouvir músicas do Bryan Adams. O peso descomunal dos riffs são como toras de madeira se despedaçando em nossas costas, com um clima de cerraria. Adiante, a música “Paranormal Arson” reforça a criatividade deste músico em gerar bons temas com o peso e o caos devido. Essa criatividade se estende até mesmo nos covers, como na versão bem mais suja e caótica que ele fez para “Fear of Napalm” do Terrorizer. Em “Saitama Bloodbath”, a pancadaria corre solta, mas há momentos que a harmonia desburocratiza o som com partes bem pesadas e melódicas.

Para encerrar o EP, “The Name Dies With Me” faz as honras com um poderoso death metal cadenciado. A versão com bônus ainda traz “PFK 2K23”, que é curtinha, mas bem pesada. Na sequência, vem uma segunda versão para “Graverobbing in Texas” completamente distinta da original, com o título “Graverobbing in Texas (Glock Anderson Revenge 64 Remix)”, que é composta apenas por um efeito eletrônico perturbador. Para continuar, o Paranormal Arson ainda faz um tributo matador ao Nirvana com uma versão “radioativa” para “Scentless Apprentice” e, finalizando, uma outra versão com elementos eletrônicos chamada “Paranormal Arson (Glass of OLD MILK Remix)”, elemina a audição.

Ouça o EP “Paranormal Arson (Director’s Cut)” no Spotify.

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