O termo clássico tem como significado algo fiel à tradição. Ele se remete a alguma coisa antiga, mas que se mantém apreciado e admirado até hoje. Uma outra característica do clássico é não ter modificação, mantendo sua estrutura padrão de anos, até séculos. Músicos clássicos não costumam quebrar isso e, mesmo produzindo algo novo, conserva o que foi criado antes. Porém isso não se aplica a Grant Borland.
O músico e pianista americano lança seu novo álbum com 5 faixas do que é classificado como neoclássico, ou seja, um novo clássico. Já que mesmo mantendo as referências antigas, ele criou algo novo e único. Grant não teve medo de ousar e criar algo belo prevalecendo o piano e criando uma textura pessoal na hora de compor.
As canções tem características diferentes, começando por “Fragments” que mesmo sem letra, a música expressa o seu nome. Começando com uma melodia marcada no piano e segue se fragmentando em outras sonoridades. “Unfold” acompanha uma melodia que se iniciou na música anterior, mas criando uma harmonia mais suave e leve. Enquanto as duas seguem o piano mais clássico, “Moss” já começa com um timbre mais eletrônico e “Heirloom” segue quase a mesma ideia das duas primeiras músicas, com uma sonância marcante e outras notas que se difundem para dar a característica da música. Terminando o álbum com “Father” que tem uma pegada mais agitada, mas mantendo o seu fluxo. Uma forma perfeita de encerrar essa obra prima. Ela consegue ser uma produção unificada, se segmentando em cada música.
Créditos da foto: Gentlewave Media
Grant Borland consegue com seu álbum “Fragments” criar uma peça singular, muito bem composta e produzida. Mantendo o tradicionalismo do clássico, mas dando um ar moderno e futurista, mudando a forma como a indústria musical funciona, quebrando barreiras e ganhando seu lugar de destaque nesse meio.
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