A canção tem seu início puxado de forma curiosa. Um pequeno verso lírico pronunciado de forma falada dá a liberdade para que uma atmosfera melódica macia e entorpecente se firme. Enquanto isso, a bateria se pronuncia por meio de golpes precisos na caixa que fazem ressoar uma essência estridente, conferindo uma embrionária noção rítmica à faixa.
Rapidamente, o ouvinte já consegue perceber a respeito do gênero musical ao qual a composição representa. Graças à maneira com que Pink Jagg, com seu timbre agradavelmente grave, emprega seu lirismo, o espectador nota o rap como a essência estrutural. No entanto, o rap aqui apresentado não é agressivo ou, mesmo, sombrio e de estética marginalizada.
Ofertando uma espécie de rap sereno e amorfinadamente entorpecente, Charlie’s Angels é marcada pela sua maciez estrutural e pela calmaria que transpira de suas arestas sonoras. E nesse processo, os backing vocals cooperam para que o senso de embriaguez amadureça de maneira latente. Essa é a surpreendente atmosfera construída por Jagg em seu novo single.
O curioso, no entanto, é notar que, ao redor da melodia, o espectador consegue capturar interessantes inserções de swing que tornam a canção ainda mais atraente. Charmosa e surpreendente em certos aspectos, Charlie’s Angels proporciona ao ouvinte um súbito senso de conforto e aconchego que perdura durante toda a sua execução.
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