Alguns países são conhecidos pela arte exótica que eles transmitem. Chipre é uma dessas nações, pois possui expressões peculiares como a sua arquitetura. Além disso, abraça artistas de outras vertentes como a música, que podem encantar ouvintes de várias partes do mundo. É o caso de PODVIG!, formado por três colegas de trabalho cujo interesse comum culminou no lançamento de “Cloud Maze”. Este single marca a estreia de um projeto focado na experiência de mostrar ao ouvinte uma mescla de ritmo regional com rock e climas psicodélicos. O resultado é um caleidoscópio sonoro que move a sua atenção em várias direções.
Tudo começou como um hobby entre Al King (guitarrista), que também é jornalista, DJ e locutor de rádio, Ivan Drybas (teclados) que, além de pianista, é cantor, maestro e até escultor profissional e Eugene Smozhevsky (baixo) que, por sua vez, ainda toca Chapman stick, além de modular caixas de groove. Eugene, por conseguinte, também é o produtor do single e divide com os outros dois membros a autoria da obra. A “brincadeira” entre os três amigos ganhou dimensões incríveis e até inimagináveis a quem, nesse caso, não possui sensibilidade suficiente para absorver tantas ideias. Entre outras coisas, “Cloud Maze” proporciona prazer.
Embora a música se encaixe nos moldes de um belo ock progressivo, “Cloud Maze” revela a nós mais sofisticação com alta complexidade. Contudo, o trabalho foi fruto de uma sessão improvisada, onde tudo foi gravado ao vivo. Isso dá para enlouquecer até a cabeça do mais virtuoso músico, pois as nuances entre acordes, climas e sonoridade parecem fruto de uma lapidação alquimista. Tudo bem que existiu uma mixagem feita por Smozhevsky e masterização, nesse caso, feita por Bill Sellar do Super Audio Mastering. No entanto, a parte essencial já é brava e surreal e no próximo parágrafo nos aprofundaremos nisso.
No geral, “Cloud Maze” é uma música introspectiva, ou seja, eleva a emoção para dentro, para o íntimo. Apesar disso, ela preenche espaço em nossas mentes como uma grande viagem astral. A sua atmosfera é inebriante, as primeiras notas que vão surgindo intimamente chegam a um ponto de êxtase. O trabalho de guitarra que se mistura aos arranjos é de uma homogeneização perfeita. Atrás disso, a cozinha trabalha com um baixo ponderoso e uma bateria cadenciada entrelaçados em seu propósito. Entretanto, a cereja do bolo é mesmo o solo hipnotizante ao final da sessão que massageia o nosso ouvido em um clima perfeito.
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