Vários estilos aglomerados fazem a fórmula que o Pork Pie usou para lançar o seu novo álbum “Golden Leaf Sheets”. Lançado pela Unsigned, o disco traz dez canções variadas com influências do rock, funk, pop etc. Resumindo, trata-se de uma banda de garagem fiel à vanguarda, embora soe moderna. A primeira faixa do repertório se chama “City Lights” e, de acordo com as suas construções, se baseia em um hard rock cru, sujo e invasivo. Credita-se essa pega aos irlandeses Michael Stafford (vocal e guitarra), Peter Laverty (guitarra), Shane Brett (bateria) e Michael Laverty (baixo). Adiante, você provará mais da versatilidade da banda.
Para o Pork Pie chegar ao que ouvimos no álbum, houve um tratamento minucioso na produção que possibilitou ouvir as nuances de todos os instrumentos. Em “Helplessly Waiting”, entendemos esse trabalho quando percebemos a cozinha majestosa puxada pelo baixo, mas adornada pelo groove da bateria. Já em “Careful As You Go”, a camada de Hammond possibilita ouvir um som mais pomposo. Outro destaque, além também do ritmo supercativante, é o solo de guitarra que insere mais beleza. Em contrapartida, “The Raven” possui leve inclinação ao punk rock, com vocal mais despojado em cima de uma atmosfera grunge.
Por falar em atmosfera, neste lançamento é o que não falta climas de várias décadas como a dançante “I Want Everything”, que traz um pouco da era disco na execução de bateria que, aliás, faz viradas monstras enquanto a guitarra toma um caminho mais psicodélico. Na sequência, “Outta Of My Mind” traz a lembrança de um Motörhead pelo riff solto e cozinha heavy metal. Como instrumental, o solo protagonista assume ótimo papel condutor. Retomando a essência setentista, “Hold On Child” surge com sua pegada clássica. É incrível como a adição do órgão Hammond ao quarteto passa essa informação ao cérebro.
Embora seja marcante a presença de elementos vintage na sonoridade da banda, a comissão de frente formada pelas guitarras exala sofisticação. As bases, sempre muito bem preenchidas, consolidam o peso necessário. Em contrapartida, os solos munidos de inteligência são encharcados de leveza e virtuose. Ouça “Into The Skies” e curta a viagem. Na faixa título, essa sofisticação é ampliada em seus mais de seis minutos de duração. A música é simplesmente um casulo de melodias intricadas e bem-ordenadas, agora, se procura mais complexidade, espere até ouvir “Cabin Fever”. Uma execução experimental que consolida a banda ao seu lugar no estrelato.
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