Ainda se tem bandas no cenário preocupadas realmente com questões sociais e direitos. Melhor ainda, essas bandas passam sua mensagem de forma inteligente, sem cair em discursos panfletários, provando consciência dos assuntos. Uma destas bandas é o Red Kate, oriunda de Kansas City, no Missouri (EUA), que há mais de dez anos passa seu recado com um rock and roll enérgico.
O grupo divulga atualmente o disco “Exit Strategy”, seu terceiro trabalho cheio, onde está recheado de temas como a solidariedade pelos seus direitos, o excepcionalismo americano, o anti-intelectualismo, o conservadorismo provinciano e a desumanização tecnológica. Tudo tendo como base o rock and roll e o punk rock em sua melhor e mais enraizada essência.
O grupo é um quarteto formado pelo baixista/vocalista principal L. Ron Drunkard, o baterista Andrew Whelan, o guitarrista rítmico Shaun Hamontree e o mais novo membro, o guitarrista principal Mike Campbell. O fato de terem duas guitarras enfatiza a base sólida de seus riffs que, aliada uma cozinha precisa e vocais insanos, constroem uma forte identidade da banda. Tudo de uma forma natural, onde a energia flui e ainda com uma produção na medida, orgânica e que se encaixa perfeitamente na proposta do grupo.
Uma das principais composições do disco, “Shut It Down”, e até um dos dois singles lançados como músicas de trabalho, tem um poder imenso de resumir a sonoridade da banda em menos de três minutos, com acordes simples e uma energia que poucos novatos possuem na cena. Pra não dizer mais.
Com guitarras certeiras, oriundas de um rock onde a ingenuidade ainda permeava nos anos 1960, um ritmo intenso da cozinha, mas não desproporcional, um baixo vibrante e vocais raivosos, que cantam um refrão que pega o ouvinte de primeira, dão a tônica da nova música.
A veia punk, outro mote da sonoridade do Red Kate também se faz presente, afinal de contas, o ritmo da música é descendente da fúria setentista, assim como boa parte da sua seção rítmica direta e precisa. Logo, nada melhor que uma canção do tipo para resumir um pouco do que o quarteto proporciona musicalmente.
E a letra, não poderia ser mais justa e também oriunda das entranhas do punk, já que é um apelo à ação contundente e irrestrito para que os oprimidos, marginalizados e a classe trabalhadora em todos os lugares usem o único poder que temos. Nada melhor que uma boa dose dessa energia para se erguer!
‘discovered and supported via Musosoup #sustainablecurator’
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