A delicadeza experienciada pela melodia desenhada inicialmente apenas pelas teclas agudas do piano acaba surtindo na construção de uma cenografia utópica e hipnotizante. O interessante é notar que, nas esquinas sonoras, existem toques de um suspense que contagia toda a energia melódica a ponto de prender a atenção do espectador.
Com uma linha lírica bem trabalhada de forma a fazer com que ela seja outro fator dentro da composição com força o suficiente para, sozinha, prender o interesse da audiência, a canção tem seu enredo verbal narrado por uma voz feminina aguda cuja interpretação de cada palavra sugere uma boa noção de storytelling. Porém, o que mais se destaca, em definitivo, na desenvoltura de Revolution, é a fusão que promove entre o steampunk e o techno. Desta feita, os anos 70 estão, definitivamente, de volta aos holofotes.