Rictus of Rage: confira a performance da dupla no videoclipe de “Silent Weapons For Quiet Wars” do álbum “Variant” (2021)

O Rictus of Rage é um duo com muita personalidade em sua música, mas infelizmente o futuro da banda é incerto, já que o seu membro multi-instrumentista Mike Masser relatou o falecimento do vocalista Jeff Watson, em 2022. Para este full-length chamado “Variant” (2021), foram inseridas oito músicas que se iniciam com a pegada firme de “Sepsis”. O álbum também mostra a versatilidade da dupla, com a execução mais pesada de “Misery”. Com destaque ao baixo mais presente, a canção gera um clima duplo com vocais sombrios e outros mais alarmados, conforme a condução dos riffs.

Em “I’m The Monster”, o passeio pelas distorções da guitarra de Masser é inevitável, pois seus acordes à la Black Sabbath são convites a bater cabeça. Contudo, as afinações baixas não resumem o conjunto da obra, já que a melodia desta música concentra muita energia também da cozinha poderosa. Para muitos, a melhor música do álbum é “Silent Weapons For Quiet Wars”, inclusive, existe a sua versão em videoclipe, com produção primorosa e cortes sensacionais reunindo várias cenas de descaso. Nesta canção, Jeff dueta com Zoo Keepa nos vocais, e cada um a seu estilo solta o verbo sem restrições.

Na sequência, “Higher Ratings” desponta como uma das faixas mais thrashers do álbum. Bateria entrando com fúria, bases soltas e com velocidade fazem cama para um vocal mais melódico, porém elétrico. O refrão desta execução é uma atração à parte, pois seus versos são capazes de grudar na mente. Ampliando a sessão metalhead, “Heretic” destila seus riffs gerando um clima de tensão sonora em combinação à condução forte da cozinha. A esta altura do álbum, já se nota a incrível intimidade de Mike com a sua guitarra, pois cada tema é alvejado por notas pesadas, que acertam o ouvinte como martelo.

Jeff também possui a sua grande parcela de culpa na assertividade deste álbum, pois a sua saudosa facilidade em mudar a entonação vocal entre drive, limpos e guturais fornece ao trabalho mais dinamismo. Por exemplo, na canção “Invasor Nocturno”, ele canta trechos limpos, mas em outros puxa o drive com tal segurança, que nos faz acreditar que para este músico tudo era zona de conforto. Da mesma maneira, o talento para o clima soturno também brilhava, como em “Dreams Of Deathbed”. E aqui, os dois músicos deixam a cereja do bolo, com uma música mais melódica e transcendental.

Assista ao videoclipe de “Silent Weapons For Quiet Wars” clicando abaixo:

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