Um chiado marcante se faz presente desde o início imediato da obra. Sua presença faz com que o ouvinte logo tenha a percepção de se tratar de uma obra de essência crua, mas não bruta. Nesse ínterim, uma cama de sonoridade clássica fornecida por meios sintéticos cria uma atmosfera entorpecente curiosamente sinistra e de cunho dramático.
Rapidamente, uma voz feminina de timbre adocicadamente delicado surge em cena já desenhando o início do enredo lírico. Eis Gintsugi ofertando, a partir dele, uma interpretação introspectiva sob uma cadência que, surpreendentemente, rememora aquela construída por Simon & Garfunkel em The Sound Of Silence, seu respectivo single.
Promovendo um cenário atmosférico e de essência interessantemente esotérica, Gintsugi consegue explorar seus tons guturais, enquanto torna a canção um produto melancólico e profundamente reflexivo. Fiel à versão original de Ride, icônica faixa creditada à Lana Del Rey, a cantora francesa mantém seu viés sintético e amorfinante e sua interpretação lírica triste. Ainda que com novos elementos percussivo-digitais, a releitura acaba, também, fiel à atmosfera barroca da canção.
Possível de se perceber, inclusive, notas de um ultrarromantismo transpirando das arestas sonoras, a releitura acaba, despropositadamente, trazendo uma espécie de sensualidade mórbida em meio ao seu senso desmedido de torpor e sua visceralidade emocional. Dessa forma, Gintsugi se torna fiel à Lana e sua intenção para com a canção no presente cover a ser oficialmente lançado em 24 de outubro.
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