Robbie Vonn é um projeto que tem como finalidade englobar todo o amor de seu idealizador pela música e seus diferentes estilos. A Roadie Music entrevistou o criador do projeto e falamos sobre música brasileira, arte e seu último single “Timeline”
1. Olá! Obrigada por nos conceder essa entrevista! Conta para nós como surgiu esse projeto e como você começou na música?
Obrigado por me convidarem, eu realmente agradeço! O projeto “Robbie Vonn” nasceu como uma fuga do isolamento e da vida remota. Eu queria mesmo era fazer música depois de uma longa pausa. Eu comecei na música quando criança. Meu pai tocava guitarra e eu ouvia uma variedade de estilos. Simplesmente cresceu em mim muito rápido e permanente.
2. Em 2021 você lançou seu primeiro álbum e foi um ousado projeto tendo colaborações de artistas de oito países. De onde veio essa ideia e como foi criar esse álbum?
“Hopeless Memories” começou com a ideia de finalizar e refazer algumas canções que eu escrevi a muito tempo (por isso memórias). Eu não tinha plano de lançá-los, mas as contribuições fenomenais de outros artistas mudaram a minha cabeça. O incrível trabalho deles foi a razão de eu ter continuado com isso. Se tornou uma meta tornar o som profissional e foi lançado em 22 de outubro de 2021.
3. Você mistura diferentes estilos na hora de compor uma música e suas letras tem importantes mensagens. Como funciona esse processo?
Eu costumo sentar e tocar algo no violão, piano ou meu DAW. Pode ser uma canção antiga que eu escrevi ou música de alguém, uma sequência de notas ou uma combinação delas. Às vezes um padrão surge, uma melodia, uma ideia que eu continuo a trabalhar até que parece uma canção. Todas as letras são sobre experiências de vida que um dia iremos passar por elas: amor, perda, solidão e muitas outras. Vida é uma fonte infinita de inspiração.
No final, no meu caso, o processo é 10% inspiração, 80% trabalho e 10% sorte e eu gosto muito.
4. Suas músicas vão do rock ao eletrônico com bossa nova. Quais são suas maiores influências na música?
A primeira música que eu me lembro bem é “Entre Dos Aguas” de Paco de Lucía e todas as músicas que meu pai ouvia (ABBA, Platters, etc). Depois eu me deparei com Queen e seu tipo de mágica (kind of magic), fiquei um pouco louco com Radiohead e rock britânico indo para uma boa dose de Chemical Brothers e todo o movimento de música eletrônica. Eu curtia muito eles e para simplificar, eu amo música em todos os seus estilos.
5. Falando em estilos musicais, principalmente a Bossa Nova, que é um estilo brasileiro. Você conhece e gosta de artistas brasileiros? Quais?
Eu nem sei por onde começar. Bossa Nova sempre me impressionou. O legado de Jobim e imensurável e os artistas da geração dominaram o mundo. Além de Jobim, eu aprecio muito Toquinho, Vinicius de Moraes, Badem Powell, Maria Creuza, Astrud Gilberto e muitos outros da era de ouro. Essa playlist histórica que eu escuto muito inclui novas gerações também como Celso Fonseca, Roberta Sá, Sandy e muito outros. Entre a música e a bela língua portuguesa, é uma delícia passar um tempo ouvindo,
Eu preciso contar que a minha única viagem ao Rio de Janeiro foi puramente guiada por música e eu não senti nada menos que encantado, especialmente pela praia, samba e o futebol. Para mim, Bossa Nova tem uma outra infinita fonta de classe, elegência e forte inspiração.
6. Você lançou recente o single “Timeline” que tem uma mensagem muito interessante. Confesso que fiquei um tempo refletindo sobre esse tema. O que você acha sobre o poder que a música tem em nos fazer refletir ou sentir coisas?
Primeiro, obrigado por ouvir a canção com tanto detalhe, eu fico surpreendentemente surpreso que ativou um momento de reflexão. Isso é precisamente porque eu acredito que música é o topo da expressão humana. Em um segundo pode parar o mundo e fazer você pensar profundamente sobre a vida. Frases como “Tristeza não tem fim, felicidade sim” captura a essência do amor desde o começo até o fim e é quase impossível não pensar a respeito.
Música tem o poder de ativar todos os tipos de sentimentos e é provavelmente a única coisa que pode fazer você pensar que mágica existe.
7. Ainda falando sobre “Timeline”, como foi o processo de composição e produção do single?
Para resumir, eu peguei uma canção antiga e a finalizei. Então, para adicionar a voz feminina depois fez a diferença que se tornou na canção que eu queria ouvir. Depois disso, o de sempre, acha a cantora certa, gravar os instrumentos, trabalhar na engenharia do som para depois de um mês a canção estar pronta.
8. Seus trabalhos tem uma estética visual muito bonita, como foi a criação desse design e de onde surgiu essa ideia?
Quando eu penso sobre o conteúdo das letras, alguns elementos aparecem naturalmente no processo. Por exemplo, em “Hopeless Memories” tem sempre um adulto vivendo as experiências da vida, uma garotinha que representa esperança e uma borboleta que carrega a esperança. É aqui que você precisa de um designer que pode pegar esses elementos e trabalhar com eles de um jeito abstrato, simples e elegante. No meu caso, a arte acaba se tornando muito melhor que as músicas em si. Jianina Alondra (@jianinaalondra), uma incrível arista de 3D art que desenhou a arte para “La La Life” e and Anxo Vizcaino (@anxovizcaino), o gênio por trás de “Hopeless Memories” e “Timeline”, me impressionaram com o conceito do começo ao fim. Eles merecem todo o crédito por pegarem essas ideias básicas e transformarem em belas peças de arte. Eu sou muito agradecido pelo trabalho deles e muito bem feitas ilustrações.
9. Ainda falando de visual. Você não aparece nas fotos, apenas algumas partes de você tocando os instrumentos. Por que você decidiu manter esse anonimato?
Desde que eu comecei nesse projeto, sempre foi sobre a música, letras e arte, não sobre a pessoa por trás. Mantém as coisas em perspectiva e remova as distrações do processo.
10.Em seu canal no youtube, você fez diferentes versões da música “La La Life” que ficou muito legal e dá para ver que o público gostou. De onde veio essa ideia e você pretende fazer isso com “Timeline”?
“La La Life” foi especial dessa perspectiva. Eu fiz uma simples progressão bossa nova e adicionei uma melodia vocal. Essa foi a base, mas quando eu comecei a trabalhar no estúdio e adicionar mais instrumentos, comecei a desviar a canção para eletrônica, rock, pop britânico, clássico, etc. Eu não sabia qual escolher então eu fiz todos eles no youtube. A versão final mistura todos os estilos o que fez esse projeto interessante de trabalhar.
“Timeline” foi claro desde o começo, uma canção simples e sonhadora. Então não, eu não tenho planos de ter diferentes versões dela.
Tamira e time da Roadie Music, Muito Obrigado. Foi encantador passar um tempo com vocês.
Com carinho, Robbie.
https://open.spotify.com/artist/6T0gCyw7W9ljmJi9kr85sP
https://soundcloud.com/user-905486102
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https://www.instagram.com/robbievonn/
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