Desde seu início imediato, a faixa exorta uma excentricidade ousada e admirável. Fornecendo uma atmosfera árabe contagiante através do sonar marcante da cítara, a canção rapidamente se torna envolvente por meio da camada percussiva de caráter interessantemente saliente.
Capaz de comunicar uma base estética eletrônica, a canção se destaca pela sua natureza dançante. Fresca e sensual, mas sem oferecer, necessariamente, um viés sexual, a faixa, quanto mais se desenvolve, mais ela permite a percepção de sua arquitetura house music. Completamente penetrante, a faixa mantém certa linearidade estética de maneira a torná-la alucinante e, portanto, entorpecente.
Repleta de regionalidade, o que a torna indiscutivelmente autêntica, é interessante observar a musicalidade de Rasanya e sua capacidade de fundir sonoridades ocidentais com outras de caráter árabe. Tendo, portanto, dois mundos completamente diferentes em um mesmo cenário, Rudra se configura como uma canção instrumental que reverencia a beleza das imperfeições.
Conforme atinge certo grau de maturidade, a canção torna possível ao ouvinte a identificação de extremamente singelas linhas líricas que se mostram através de versos onomatopaicos quase balbuciantes. Por meio desse novo detalhe, Rudra garante para si uma textura curiosamente aveludada que amplifica sua capacidade ser entorpecente. Uma faixa que, certamente, será executada nas mais diversificadas pistas de dança ao redor do mundo.
Mais informações:
Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/2DB3t0XbRTwpHOc6JcLJcy
Instagram: https://www.instagram.com/rasanyamusic?igsh=cjI4bzhrMmNzejU1&utm_source=qr