É doce e delicado, mas também é dolorido, nostálgico. Melancólico. O sonar do piano é aquele elemento que puxa, solitário, a introdução. Rapidamente acompanhado por um som ácido, sintético, linear e ligeiramente estridente, é ele quem define a melodia a ser executada pelo restante dos instrumentos, os quais, sem demora, ocupam seus respectivos espaços.
Com a presença da guitarra de David Martinez e da bateria de Erin Rose Hubbard preenchendo o escopo rítmico-melódico, a obra assume uma fragilidade indie rock confortável no seu enaltecer do caráter saudoso que transborda da sonoridade até então construída.
O interessante, no andamento da canção, é que ela assume uma linearidade estrutural aconchegante que acaba assumindo silhuetas confortavelmente transcendentais. Assim que o primeiro verso lírico finalmente começa a ser desenhado, o baixo entra em cena com uma linearidade ácida consistente, a qual acompanha o timbre agridoce de Martinez.
Se valendo pela harmonia criada tanto entre a combinação vocal de Martinez e Erin quanto pelo sonar adocicado do sintetizador, Run So Fast é uma canção que trata não apenas das falhas, dos escorregões, mas também das inseguranças que fazem o indivíduo agir de forma equivocada. Desse recorte, a canção apresenta um personagem vivendo intensamente, sempre na pressa, como forma de espantar a sua culpa. O seu remorso. A partir daí, o Jitensha explora a beleza da aquisição de uma segunda chance para fazer diferente.
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