Enquanto a guitarra acústica, com seu riff de afinação serena e movimentação levemente acelerada, recebe a companhia pontual, mas firme do baixo de David Bentley em suas notas concisas, bojudas e groovadas, a tela é dividida entre duas imagens que comunicam passado e presente de uma mesma cidade. Eis que uma voz de timbre adocicado em sua leve acidez vai introduzindo um lirismo na forma de um enredo propriamente narrativo.
Junto a ele e completando a inicial ambiência melódica, a guitarra entra com seu riff distorcido em sua silhueta devidamente ácida e tremulante, o que incita um senso de psicodelia misturado com torpor que chega a embriagar o ouvinte. Em meio a essa ambiência sonora, o vídeo de S.B. Butler vai captando imagens de uma mulher em diversos locais em sua máxima solidão aparentemente aproveitando tal situação.
Entre o post-grunge e o rock alternativo, S.B. Butler soa como uma melodia ambiente que serve única e simplesmente como base para que o vocalista consiga desdenhar de sua narrativa sobre a jovem protagonista. Dirigido pela fotógrafa Michelle Gemma, o vídeo consegue instigar um senso amplamente introspectivo enquanto acompanha a personagem por diversos cenários de uma cidade interiorana. Um vídeo de estrutura propositadamente caseira para uma canção suja, entorpecida, hipnótica e atordoante.
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