Diversidade é uma palavra que cai muito bem ao novo disco do britânico Scott Lloyd, “Waterlands”. Porém, é uma mescla de diversos estilos, com uma aura única, resumida em paz e reflexão, que é um dos lemas do músico e compositor de Middlesbroug, hoje radicado em Derbyshire, depois de viver 10 anos em Manchester.
O disco é claramente inspirado pelo folk setentista e pelo pop, flertando também com o british pop e do rock alternativo dos anos 90, algo natural, devido a origem do artista. Apesar de os estilos aparecerem esporadicamente de formas distintas nas composições, a mescla dos mesmos é mais constante.
Um exemplo de distinção já está na faixa “Meet At The Blueball”, que abre o disco. Scott traz um folk mais que tradicional, onde de imediato nos leva a uma viagem aos anos 70, com um ar melancólico a lá Nick Drake. Mas, essa distinção cai por água abaixo logo na segunda música, “In The Water”, que mantém a base acústica, com um clima mais pop e uma levada escancaradamente country.
Já em “Running”, um dos carros chefes do álbum, Scott carrega na veia pop, eletrifica as cordas e bebe bastante na fonte do rock alternativo, dando uma dinâmica maior ao disco, que até então soa introspectivo. Enquanto isso, o british pop aparece como referência na faixa título.
Esses são apenas alguns dos exemplos que podem resumir bem “Waterlands”, que traz temas particulares do artista, mas que podem se encaixar na vida de cada ouvinte, conforme sua condição. Afinal, aborda assuntos tão comuns à sociedade, como a busca por mudanças, saúde mental, perdas, entre outros.
Se em seu primeiro álbum cheio, autointitulado, Scott Lloyd se apresentou ao cenário, em “Waterlands” ele definiu sua assinatura, se utilizando de uma boa fórmula e a concluindo com muita personalidade. Ouça em:
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