Ela tem atitude, o que é transpirado a partir de sua sonoridade crua e imponente. Cheia de intensidade, ainda que soe um tanto distante, a canção é agraciada por um instrumental potente e pungente que mistura acidez e uma sujeira bastante característica de um punk datado da década de 70.
Acompanhada de um enredo lírico que ganha vida através de uma voz masculina leve, mas rasgada a tal ponto que lembra o tom de Glenn Danzig, Mnemosyne é preenchida por um sonar agudo e insistentemente pipocante que preenche os espaços harmônicos. Por meio dele, além da exaltação de um senso psicodélico, o ouvinte percebe um leve flerte para com a cenografia do boogie woogie.